sábado, 1 de janeiro de 2011

Injusta Acusação

Admita o amigo leitor que alguém o acusa de ter roubado e fugido levando consigo a página de Internet da Presidência da República, prejudicando assim o livre acesso do povo a tão lúdico documento e impedindo o candidato à reeleição de justificar os actos do passado já que outra via não refere. Todos sabemos que era falso. Seria assim uma injusta acusação.
Esta novela está cheia de acusações desse género. Há crimes, a suspeita do crime percorre todos os que se movimentam nos meandros desta trama. Um deles, o herói, chega a ser severamente vergastado pela sua namorada a qual, no entanto, não viveu muito mais tempo para contar a proeza já que afundou-se num barco com buracos disfarçados.
Curiosamente, existe neste relato uma abordagem do relacionamento com os índios que os põe num pé de igualdade com o homem branco apesar de alguns conspirarem infrutiferamente para reatar a guerra. Era a mensagem da Rosa dos Ventos a chegar à questão racial.
No final, o criminoso acabou por ser descoberto e era a pessoa mais insuspeita que se poderia imaginar. Raf G. Smith exagerou um bocado, mas a novela até é divertida.
A capa, de Longeron, ilustra a passagem em que a menina, chicote na mão, castiga o seu namorado, pensando ser ele o criminoso. Magnífica
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 4
Título: Injusta Acusação
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: desconhecido
Páginas: 32
Ano: 1961
Editora: APR

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