segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A redenção do bandido

Chegou sózinho à cidade à procura de alguém. Em breve, todos viram que era pessoa muito especial de quem era perigoso ser inimigo. Foi-se afirmando com uma presença cada vez mais forte perante os homens e perante... ela.
Até que um dia...
"Eram cinco homens. Cinco cavaleiros mal trajados, barbudos, cobertos de pó de longa caminhada... e todos bem armados. Um estremecimento percorreu os habitantes da cidade que, abrigados à sombra dos alpendres ou através das reixas(?) das janelas contenplavam a entrada da estranha comitiva. Juntamente com aqueles homens cavalgava também a morte...". - conta S. Max.
O certo é que todos se conheciam. E tiveram a má ideia de atacar aquela que agora representava muito para ele. Não consentiu. Opôs-se de armas na mão e caiu com o corpo varado de balas, mas conseguindo salvar a mulher que amava, redemindo-se assim da sua existência como bandido.
Anthony S. Max, 11 obras registadas em Portugal, traz-nos um livro com os habituais ingredientes do Oeste mas com algumas características diferentes: o bandido que se regenera salvando a mulher dos seus sonhos.
A capa, assinada por um M. Angel para nós desconhecido, mostra um pormenor de tiroteio.
Ficha do livro
Colecção Arizona nº104
Título: A redenção do bandido
Autor: Anthony S. Max
Capa: M. Angel
Tradução: António Saraiva
Páginas: 125
Ano: 1965
Editora: APR

O filho do pistoleiro

Um pistoleiro foi preso injustamente e condenado a vinte anos de prisão, conhecendo os indivíduos que o tinham acusado falsamente. Ao fim de quinze anos, devido ao seu bom comportamento, saiu e deu a conhecer a decisão de não pretender qualquer satisfação daqueles. No entanto, estes não se sentiram seguros e organizaram-se para o abater, contratando um indivíduo ultra traiçoeiro. Assim, sem armas, foi desafiado para um duelo e, quando lhe deram um colt para as mãos, este estava vazio pelo que foi facilmente vencido. Morreu nas mãos do filho que entretanto o viera esperar. O pacifismo deste jovem foi imediatamente quebrado. Um a um, os assassinos do seu pai foram sendo mortos, restando o traiçoeiro atrás referido. Este manteve as suas qualidades e abateu os próprios amigos para se apoderar do seu dinheiro. Em determinado momento, havia várias pessoas que o procuravam pelos mais diversos motivos, todos a quererem vingar-se dele. Até que o encontro final se deu e o filho do pistoleiro pôde finalmente encontrar a paz que desejava nos braços de uma menina que o acompanhou na sua vingança.
Este foi o único livro de Peter Kenn que encontrámos registado no país. No entanto, em Espanha, o autor que usa este pseudónimo, Juan LLarch Loid, aparece ligado a uma biografia de Luther King, a novelas de ficção científica e a vários guiões para banda desenhada.
A capa, não assinada, mostra um momento em que o filho do pistoleiro, sem armas, desafiava um dos seus adversários...
Ficha do livro
Colecção Arizona nº 101
Título: O filho do pistoleiro
Autor: Peter Kenn
Capa: autor desconhecido
Tradução: António Saraiva
Páginas: 125
Ano: 1965
Editora: APR

domingo, 30 de janeiro de 2011

Joe fugiu

ESte Joe era um verdadeiro bandido. Para além de ladrão, maltratava a mulher e os filhos e um dia isso saiu-lhe caro pois ela denbunciou-o e foi parar à prisão. Elaborou um plano para fugir e vingar-se, tentando utilizar o próprio filho que detinha grande admiração por ele. E. L. Retamosa traz-nos um excelente livro, isto é, um excelente pequeno livro, o segundo da colecção Cow-boy. A capa, de Longeron, mostra um pormenor da fuga de Joe que, junto ao cavalo, de arma na mão, se dessedenta enquanto olha o horizonte.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 2
Título: Joe fugiu
Autor: E. L. Retamosa
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Ano: 1961
Editora:APR

Armas diabólicas

Nada a acrescentar...
É um livro mais ou menos igual a todos os outros de Raf G. Smith: fanfarronadas, gente a morrer por tudo e por nada, suspeitos a rodarem em catadupa escondendo algum que parece o mais honesto da fita, uma jovem bonita apaixona-se pelo fanfarrão. Por vezes, descrições como esta: "Afogou uma maldição. O selvagem espectáculo não era para menos. Quatro cavaleiros mascarados, dos quais dois a pé, tinham atado os pulsos de Joyce à sela de um cavalo e os tornozelos a outro. A jovem estava estendida no chão, como um fardo, e os cavalos voltados de garupa para ela de maneira que, quando partissem em direcções opostas, desarticulariam horrivelmente o corpo da rapariga ao esticarem as cordas...".
A capa, de Longeron, mostra o fanfarrão a manejar as armas diabólicas perante o terror de uma jovem que tinha pelo na venta.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy nº 3
Título: Armas diabólicas
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano: 1961
Editora: APR

sábado, 29 de janeiro de 2011

Hoje, sábado, baile no saloon de Golden City

Começamos com a bonita voz da Emmylou no tema K-S-O-S. Este tem agarrado um magnífico instrumental capaz de pôr toda a bicharada a dançar... aproveitem... o memorial não dura sempre.

Roy Rogers

Eis Roy Rogers e Trigger, o seu cavalo, num plano notável. Trigger faz-me lembrar o cavalinho de madeira da juventude. Mas está um pouco disforme...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Branca de Neve e os sete pistoleiros

Neste livro, Silver Kane usa a conhecida saga de Branca de Neve para fechar uma formosa rapariga numa cabana com sete pistoleiros, pessoas com um carácter da pior espécie. Mas não se pense que a pequena ali ficou a fazer comidinha para aqueles energúmenos ou a satisfazer os seus ciosos apetites. Em pouco tempo, viram que ela era um osso duro de roer.
A capa, não assinada, mostra a formosa jovem junto a alguns indivíduos de má catadura.
Ficha do livro
Colecção Bisonte nº71
Título: Branca de Neve e os sete pistoleiros
Autor: Silver Kane
Capa: autor desconhecido
Tradução:Neves Reis
Páginas: 128
Ano: 1960
Editora: APR

O xerife implacável

Desta vez, o herói da novela saiu do seio de uma quadrilha motivado por um comportamento miserável perante uma mulher e uma criança. A necessidade de salvar a criança perante um cobarde ataque fez despertar naquele homem os melhores sentimentos, levando-o a abandonar os seus anteriores companheiros e adoptar uma atitude de defesa da lei. Ele tornou-se um implacável xerife. Um a um, os antigos companheiros foram sendo justiçados.
Este é mais um texto de Joe Sheridan. Um argumento estranho. Uma escrita elaborada de modo a estender a novela e fazê-la chegar às cento e poucas páginas... bastantes gralhas.
A capa, de Emílio Freixas, mostra o xerife em actuação tendo a seu lado a beldade que o vai acompanhar por toda a sua vida.
Ficha do livro
Colecção Kansas, nº 102
Título: O xerife implacável
Autor: Joe Sheridan
Capa: Emilio Freixas
Tradução: Edmundo Motrena
Páginas: 128
Ano: 1964
Editora: IBIS

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tony Freper

Tony Freper é um pseudónimo utilizado por António Fresco Pereira para publicar obras nas colecções da APR de que existem registos em 1979 e 1980. Segundo suponho, também publicou contos no Mundo de Aventuras. Eis detalhes sobre os registos das suas novelas:
01. O mestiço – Colecção Búfalo 292, 1980.
02. A víbora – Colecção Búfalo 293, 1980.
03. O xerife sem medo – Colecção Bisonte 311, 1980.
04. O uivo da morte – Colecção Arizona 249, 1979.
05. Com a boca a saber a fel – Colecção Mãos no ar 121, 1979.
06. O justiceiro que veio do mar – Colecção Pólvora 226, 1979.
07. Implacável perseguição – Colecção Arizona 248, 1979.
08. Mais doce que o mel... só a vingança – Colecção Carabina de Ouro 198, 1979.
09. Massacrados pelos Iroqueses – Colecção Bravos do Oeste 159, 1979.
10. O vale da disputa – Colecção Búfalo 283, 1979.
11. Odio comanche – Colecção Bisonte 312, 1980.
12. Ordem para matar – Colecção Búfalo 294, 1980.
13. O homem que amava cavalos selvagens ; Feroz como uma onça – Colecção Bisonte 314, 1980.
14. Roger Lichtman, o mau e o bom – Colecção Bisonte 313, 1980.

As estatísticas do Memorial

Andamos aqui há quase dois meses. Temos cento e tal posts. O número de visitantes é de cerca de 1660. Convenhamos que é muito pouco. Atendendo também ao número de comentários, é fácil de concluir que o blog não entra, não cativa pessoas...
Não faz mal. Queria isto para mim, queria desmaterializar estes livros...
Já não falta muito para chegar ao fim...
Mas fiquem aqui com uma imagem acerca de onde está quem nos vê. É admirável não é? Mais de 30% parece que vem dos USA...

Sangue no seu destino


Um polícia rural segue um bando de malfeitores, conseguindo localizá-los numa cidade onde se desencadeia formidável combate. Apesar de sair vencedor, os seus precalços não terminaram, pois o dinheiro que recuperou para os seus legítimos proprietários tinha sido visualizado por uma artista de saloon que, num ápice, passou a palavra a outros indesejáveis.
Tex Taylor traz-nos uma novela do Oeste onde as primeiras cinquenta páginas são este duelo empolgante que terminou com o ferimento do jovem rural que, cumprida a sua missão, procurou afastar-se da cidade e acabou por ser recolhido num rancho onde o trataram. A segunda parte da novela é o relato do encontro com uma jovem formosa e da batalha com índios revoltados contra caçadores de bisontes e outros brancos que ocupavam o seu território.
A magnífica capa de Cortiella mostra um pormenor da luta contra os índios. A formosa rapariga tentou ir tratar dos feridos, mas um índio tentou abatê-la, só sendo impedido pelo herói da novela. No final, a menina e o herói ficaram unidos para sempre.
Ficha do livro
Colecção Califórnia nº77
Título: Sangue no seu destino
Autor: Tex Taylor
Capa: Cortiella
Tradução: Artur José de Sousa
Páginas: 125
Ano: 1962
Editora: IBIS

O indomável


"Por entre a ramagem dos pinheiros o sol declinava lentamente para além de uma montanha que se via ao longe. Soprava um vento forte e fresco. O céu, coberto de nuvens brancas, parecia adivinhar a neve que não tardaria muitos mais dias a cair. Perdida entre a imensa pradaria do Oeste, erguia-se uma pequena povoação composta por um escasso número de pessoas que, em união, viviam a sua vida,esquecidas da solidão que as cercava. Alguns anos atrás, uma caravana de colonos vinda do Missouri fez alto naquele ponto. Ergueram-se as primeiras casas, desbravaram-se terras, cultivaram-se campos que anteriormente eram desertos maninhos, e, aos poucos, a povoação foi crescendo. Nunca houve discórdias entre uns e outros, nunca um revólver falou para impor respeito. Alguns homens, mesmo, não os tinham. Serviam-se de um velho rifle quando iam caçar, e nunca mais foi preciso andar armado nas ruas".
O personagem da história que assim começa nasceu e foi criado nesta pequena povoação onde nada se passava até ao dia em que três forasteiros, armados e com mau aspecto, chegaram e, abusando da hospitalidade de um habitante, roubaram-no e pagaram-lhe com tiros. Sendo nessa altura um miúdo, coube-lhe transportar uma criança para ir viver com uns familiares noutra povoação e passou a procurar os responsáveis por tão vil acto.
O autor, Oliveira e Silva, parece-nos de nacionalidade portuguesa, não havendo registos de mais qualquer obra do mesmo. Nesta, utiliza um estilo em que usa excessivamente a fanfarronice e a resolução de conflitos com tiroteio. O livro, por outro lado, tem um número de páginas excessivo para este tipo de novela, notando-se, em algumas passagens, a pretensão do autor em prolongar uma situação através de uma descrição mais cuidada e longa.
A capa é de autor desconhecido.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 44
Título: O indomável
Autor: A. Oliveira e Silva
Capa: autor desconhecido
Tradução: não aplicável
Páginas: 165
Editora: APR

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alaric Holvam

Encontrámos registos de centenas de trabalhos de Carvalho Lima, na sua maioria de tradução. No entanto, podemos garantir que, sob o pseudónimo de Alaric Holvam, pseudónimo que não é mais do que a utilização das letras do seu nome numa combinação diferente, encontrámos as quinze obras seguintes:
01. Com o diabo no corpo – Colecção Carabina de ouro, 121 - 1978
02. John, o anão – Colecção Bravos do Oeste, 149 . 1978
03. As patas de coiote – Colecção Carabina de ouro, 129 - 1979
04. O xerife lembrou-se ... – Colecção Pólvora, 213 - 1979
05. Justiça tardia – Colecção Pólvora, 227 - 1979
06. Vida sem rumo – Colecção Pólvora, 228 - 1979
07. A passagem do diabo – Colecção Mãos no ar, 137, 1980
08. Prata que mata – Colecção Mãos no ar, 136 - 1980
09. Terror na cidade – Colecção Carabina de ouro, 139 - 1980
10. A cidade-fantasma – Colecção Bravos do Oeste, 170 - 1980
11. Homem para homem – Colecção Mãos no ar, 135 - 1980
12. O assalto ao banco – Colecção Bravos do Oeste, 175 - 1981
13. Dinheiro maldito – Colecção Mãos no ar, 141 - 1981
14. A esfingue negra – Colecção Bravos do Oeste, 173 - 1981
15. A garganta dos fantasmas – Colecção Búfalo, 303 - 1981
Não possuímos qualquer dos livros acima pelo que é impossível qualquer resumo dos mesmos. Fica portanto apenas o registo deste autor.

Homens rudes do Oeste

Mais um livro de Joe Sheridan... Desta vez, a salvação da menina foi diferente e ocorreu logo nas primeiras páginas. Filha de um abastado rancheiro, ela dirigiu-se à cidade para fazer compras, mas um galanteador atreveu-se a abordá-la. Rejeitado o seu gesto, tentou castigar a menina e caiu-lhe em cima monumental castigo proporcionado por um homem recentemente chegado à cidade em busca do seu irmão.
Afinal, o rancheiro era dominado por uma quadrilha a qual tinha abatido o irmão do recém-chegado quando este descobriu petróleo. O rancheiro gozava de má fama pois todos pensavam que era ele o mentor da quadrilha. Em vez disso, esta era dominada pelo seu capataz que também o dominava a ele.
Depois de algumas peripécias, o homem chegado à cidade acabou por ser aprisionado pela quadrilha que, para saber coisas, o deixou ao sol envolvido numa pele de vitela com o objectivo de o fazer sofrer para lhe arrancar a confissão desejada. Mas esqueceram-se da menina que, num gesto nobre, acabou por salvar aquele valente que sa batia contra uma quadrilha e conquistar o amor da sua vida.
A capa, não assinada, mostra um pormenor da luta dos dois jovens contra os malfeitores.
Ficha do livro
Colecção Califórnia, nº 125
Título: Homens rudes do Oeste
Capa: autor desconhecido
Tradução: Edmundo Motrena
Páginas: 128
Ano: 1964
Editora: IBIS

A rainha do vale negro


Não sabemos se este livro foi ou não publicado em Portugal. Mas a sua capa remete-nos imediatamente para o apresentado anteriormente do mesmo autor, Joe Sheridan, correspondendo à cena de salvação da jovem amazona pelo pistoleiro.
Ter-se-ão Provensal e António Bernal inspirado no mesmo livro para proceder às respectivas ilustrações. Ou a salvação da garota em pânico em cima do cavalo é tema recorrente em Sheridan?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O atrevidote do laço

Cisco andava a treinar-se com o laço e confundiu uma formosa donzela com uma rês tresmalhada. Mas a brincadeira saiu-lhe cara...

Joe Sheridan

Joe Sheridan é um pseudónimo de Nicolas Miranda Marin, um escritor espanhol que foi perseguido pela própria família por ter combatido com os republicanos durante a guerra civil. Leia aqui uma pequena biografia elaborada por um amigo deste autor.
Em Portugal, existe o registo de apenas 27 livros dos quais 10 na Agência Portuguesa de Revistas. Apesar de Sheridan cultivar vários géneros, essas novelas são apenas do Oeste. Mas o seu nome é um marco importante, pois, repetindo o ocorrido na Bruguera, assinou o primeiro número da saudosa Colecção Búfalo, "Centauros de Oklahoma", cuja publicação se iniciou em 1954.

Um gun-man em Oregon

No velho Oeste, os pistoleiros andavam de um lado para o outro, alguns com o objectivo de não serem reconhecidos para evitar serem provocados para novas lutas pelos franganotes que se queriam afirmar. Assim, um daqueles já com algumas mortes na consciência embora em defesa pessoal, um dia, chegou a um rancho no Oregon e aí procurou trabalho como vaqueiro em busca de algum descanso na sua vida errante.
Ao fim de algum tempo, todos estavam encantados. Inclusivamente, a menina que vemos nesta magnífica capa de Provensal chegou a ser salva por ele quando o seu cavalo tomou o freio nos dentes e não havia quem o parasse. E sabem que, quando uma mulher é salva por um homem, ninguém mais a consegue apartar dele... Mas está escrito que estes homens acabam sempre por ser reconhecidos e novamente desafiados... será que ele iria encontrar essa paz que tanto desejava? Excelente, embora longo, este livro de Joe Sheridan.
Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 58
Título: Um gun-man em Oregon
Autor: Joe Sheridan
Capa: Provensal
Tradução: Mário Costa
Páginas: 159
Ano: 1957
Editora: APR

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sete contra um


El Paso, cidade fronteiriça do Texas, era ponto de chegada e passagem de condutores de gado, rufias, batoteiros e pistoleiros. Alguns vinham munidos de dinheiro resultante de uma jornada de trabalho dura e perigosa que queriam gastar da maneira mais divertida. Outros, espertos com olhinhos, viram ali a sua oportunidade e criaram pontos de recepção para lhes limpar os proveitos. No entanto, queriam ordem e contrataram um xerife cuja acção ultrapassou os seus desejos, desarmando toda a gente e transformando a cidade numa terra sem vida. Então, tentaram livrar-se do xerife e um dos cabecilhas não hesitou em deixar acusar um inocente da morte do seu filho só para tentar livrar-se dele apesar de saber quem era o verdadeiro culpado. Mas este inocente tinha sete vidas e com a ajuda de cidadãos honestos logrou livrar-se dos criminosos e trazer novo período de paz à cidade.
Cesar Torre traz-nos uma novela bem humorada com um pistoleiro insolente como personagem central.
A capa, de Longeron, traz-nos um pormenor desse pistoleiro, agarrado a um banjo, a interpretar canções de saloon no rancho do finório que dominava a cidade.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy nº8
Título: Sete contra um
Autor: Cesar Torre
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano: 1961
Editora: APR

Pronto para morrer

Quando um conjunto inesperado de mortes foi sendo conhecido, a primeira versão das suas causas foi o suicídio, mas a intervenção de um jornalista de Leste muito hábil com as armas, dotado da dose de fanfarronice normal nos livros de Raf G. Smith, foi determinante para determinar os verdadeiros causadores. O autor, mais uma vez, mostra o seu instinto para a novela policial.
Na capa, o fanfarrão (que se gabava de estar sempre pronto a morrer), acompanhada de uma bela jovem, exibe as armas com que acabava de abater mais alguns inimigos.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 44
Título: Pronto para morrer
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: Santos Neves
Páginas: 140
Ano: 1960
Editora: APR

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pick the wild wood flower

Isto ainda foi pior do que eu pensava...
Aproveitem para ouvir mais um bocadinho de country... estou farto dos discursos e das análises...

Sangue Negro


Apesar da proclamação da abolição da escravatura, em alguns estados, designadamente, no Texas, foi muito difícil para alguns engolir o princípio da igualdade entre os homens. Os negros continuavam a ser vistos como pessoas sem direitos, nem sequer o de habitarem aqueles locais. Este livro recorda esse facto, permitindo-se uma das personagens compará-los com os direitos dos índios: "esses são da América. O local do negro é em África.". O. C. Tavin, autor com mais de 50 obras registadas em Portugal, elabora uma trama em que mostra como uma comunidade em relativa paz ou, por outras palavras, onde havia uma paz podre, se dividiu e recorreu ao crime em virtude da chegada de um índivíduo, por sinal excelente cozinheiro, em cuja ascendência havia indivíduos da raça negra. Por sorte, obteve trabalho num rancho cujos proprietários se deliciaram com a sua capacidade e lutaram pela sua integração.
A capa, não assinada, parece de Longeron e mostra um pormenor da luta num saloon da cidade quando o propreitário de um rancho amigo da personagem central da novela, ali se deslocou para ajustar contas com um assassino.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 67
Título: Sangue Negro
Autor: O. C. Tavin
Capa: Longeron
Tradução: Raul Correia
Páginas: 134
Ano: 1962

Salteadores de caravanas


A. G. Murphy. é um especialista em questões de caravanas que têm de atravessar território índio, deixando sempre uma porta aberta para o diálogo, e vencer batalhas com salteadores que gostem de se apropriar do alheio. Desta vez, a acção essencial não é no interior da caravana, mas, fora dela, com forças que combatem esses salteadores.
Para além disso, consegue introduzir nas suas novelas acções em que a paixão entre dois seres seja em geral contrariada. Neste caso, a personagem central apaixonou-se por uma linda princesa índia, Minetake, e resolveu raptá-la a fim de consumarem o seu amor.
Assim, em determinado momento, o herói desta novela vê-se acossado pelos índios que pretendem castigá-lo pelo seu atrevimento (e abuso de confiança, pois abriram-lhe as suas tendas e partilharam a sua comida) em se apoderar de Minetake e, por outro lado, em luta aguerrida contra salteadores muitas vezes traiçoeiros...
Já sabem quem ganhou no fim, mas as perípécias são bastante engraçadas.
A capa, não assinada, retrata-nos momentos dessa luta fantástica que a novela descreve.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 103
Título: Salteadores de caravanas
Autor: A. G. Murphy
Tradução:Rui Neves da Silva
Capa:autor desconhecido
Páginas: 134
Ano: 1966
Editora: APR

sábado, 22 de janeiro de 2011

A aura de Kit Carson

Vasco Santos

Vasco Santos é mais um autor português que publicou novelas do Oeste e policiais nas colecções da APR para a qual executou também algumas traduções. A maior parte dos livros elaborados por este autor surgiu com o seu nome. Admite-se que ele também tenha utilizado o pseudónimo V.Saint Kasymir de quem existe um livro na Colecção Arizona do qual ele é tradutor, mas que não tem título original noutro idioma. Os livros que associamos a Vasco Santos são os seguintes:
1. Um enigma no Far-West – publicado na Colecção Arizona, nº 73 em 1963.
2. Um nova-iorquino entre índios – publicado na Colecção Búfalo nº 110 em 1963.
3. A fuga do condenado – publicado na Colecção Búfalo nº 93 em 1962.
4. Prémio sangrento – publicado na Colecção Arizona nº 57 em 1962.
5. A cidade contra o herói - publicado na Colecção Bisonte nº 119 em 1962.
6. O delinquente voltou à escola... - publicado na Colecção Detective nº98 em 1962.
7. Um novaiorquino no Far-West – publicado na Colecção Arizona nº 42 em 1960. (não tem título original noutro idioma).
Há ainda o caso de um livro publicado na Colecção Búfalo (nº 82) nas mesmas condições do anterior embora sem uma relação tão directa entre nomes. Trata-se do texto “ O cow-boy e a India” de Alekhine S. Benth com tradução deVasco Ribeiro Santos. Não encontramos mais qualquer referência a um autor de nome tão estranho e o registo não tem título original noutra língua.
Oportunamento faremos o resumo de um daqueles livros.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Save the last dance for me

A campanha eleitoral está a chegar ao fim. Atendendo ao que se diz, as perspectivas são péssimas para o lado das minhas preferências: as sondagens parecem dar a vitória à escavacada criatura logo à primeira volta, parecendo que o alegre candidato vai ter uma votação semelhante ou pouco superior à da nobre figura. Se isto ocorrer, é um castigo merecido para o PS tão má a política com que nos brindou nestes anos, não por a austeridade não ser necessária, mas por ser baseada no extremo sacrifício dos mais humildes. Aliás, não sei se Sócrates não se sentirá melhor com Cavaco na presidência do que com Alegre.
Com esta política, com quem ele não se daria bem seria com Francisco Lopes. O candidato do PCP fez uma excelente e tranquila campanha, mostrando que o povo, agora explorado, desconsiderado e espezinhado, no futuro, tem perspectivas de acção fora da subserviência aos especuladores e seus agentes.
Esperemos, portanto, por melhores dias. Como diria a Emmilou: "Save the last dance for me".

Escola de tiros


Neste livro, Meadow Castle justifica porque é considerado um dos autores que mais recorre a cenas gratuitas de violência para encher os seus livros, parecendo mais um exterminador do que um escritor. O livro inicia-se com a rivalidade entre dois rancheiros que se desafiaram e destruiram, sob a vigilância de um terceiro interessado em lhes abarbatar os ranchos. Os filhos, apesar de iniciados na senda da violência, foram um pouco mais espertos e acabaram por fazer gorar o plano dos manhosos... isto depois de dezenas de mortos e tiroteios. De assinalar que um dos filhos era um pacato professor com monumental habilidade e rapidez para manusear armas.
A capa, de Emílio Freixas, mostra um momento em que a jovem filha de um dos rancheiros abate um lacaio daqueles que pretendiam apoderar-se do rancho.
Ficha do livro
Colecção Kansas, nº 53
Título: Escola de tiros
Autor: Meadow Castle
Capa: Emilio Freixas
Tradução:Jaime Mas
Páginas: 113
Ano:1962
Editora: IBIS

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Autores da Colecção Colt


Examinámos 110 livros da Colecção Colt da Editorial Ibis, editados entre 1961 e 1969, procurando determinar qual o grau de colaboração de cada autor para esta colecção. O resultado não nos admira muito e está expresso no gráfico. Estefania é, sem dúvida, o mais produtivo. Seguem-se Luger, Prado e Silver Kane. Os quatro produziram mais de metade dos livros da colecção.
Ir-se-á também ver que a granularidade em termos de autores das colecções da IBIS é muito inferior às da APR.

Os vigilantes

Parecia uma povoação pacífica e organizada, mas o xerife, o ricalhaço e o irmão da jovem que lhe vendera o rancho faziam parte de uma quadrilha que assaltava os mineiros e roubava o gado. Alguns moradores, secretamente, formaram um grupo de resistência a esta canalha que designaram por "Vigilantes". É neste contexto que chega à cidade a personagem central desta novela, homem valente e hábil com as armas. A oposição de uma mulher e de um facínora pouco significaram contra a sua vontade e finalmente acabou por se estabelecer no rancho de que tanto gostara.
Pat Donovan, com apenas duas obras registadas em Portugal, ambas na Colecção Búfalo, evidencia qualidades excelentes para a elaboração deste tipo de novelas.
A capa, não assinada, mostra um aspecto de ataque a um rancho com um homem a ser atingido por disparos.
Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 73
Título: Os Vigilantes
Capa: autor desconhecido
Tradução: Pedro Santos
Páginas:151
Ano:1960
Editora: APR

Vingança Trágica

Eram três meninas, lindas, detentoras de razoável fortuna: Janet, a mais velha, era sonhadora, romântica, dotada de espiritualidade estranha. Grace, fria, calculista, despótica, com muita dose de inveja, o que a tornava rancorosa, Olívia, tímida como gazela, mansa como cordeirinha. Todas eram cortejadas por um jovem vizinho e o sonho dos pais era a união dos ranchos. Mas o rapaz não se decidia e de todas queria favores. Dizia que amava Grace, mas beijava Janet e Olívia. Até que um dia, Janet o apanhou numa gruta em que se tinham refugiado de uma tempestada e confessou-lhe o seu amor inigualável: "Amo-te com o ímpeto selvagem de uma leoa com cio". Quando um homem ouve isto, o seu punhal parece o de um leão... e a tragédia começou aqui.
Um lote de mortes na família das meninas acaba por lançar as culpas sobre o rapaz que acabou por ter de fugir para não ser enforcado. Passados anos, regressou e, em duelo com o filho entretanto nascido das carícias daquela noite, deixou-se balear ao saber quem ele era. Apenas ficou ferido, pelo que se reacendeu a vontade de o enforcar. "Nada parecia poder salvá-lo. A corda já lhe roçava o pescoço, mas..." Uma das maninhas, entretanto morta em acidente, coitada, deixara uma carta em que contava todas as malvadezas em que se envolvera para se vingar dele. Uma vingança trágica que arrastou a maior parte da família... e o rapaz, já homem maduro, pôde finalmente desfrutar do seu verdadeiro amor e da companhia do filho.
A escrita de Raf G. Smith por vezes roça o anedótico e é excessivamente teatral. Mas sempre gostei muito deste livro, um dos primeiros que comprei naqueles tempos...
A capa, de Longeron, reflecte o momento em que o jovem disparava sobre os inimigos que tentavam conduzi-lo à forca.
Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº85
Título: Vingança Trágica
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: Carvalho Lima
Ano: 1961
Páginas: 134
Editora: APR

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Estranha Coincidência

Estava a folhear este livro e a ler algumas passagens. De repente, pareceu-me que já tinha lido aquilo em qualquer sítio. Fiquei alerta... fui para o princípio e apareceu-me a história da garrafa de Whisky e da mulher que se enlaça. O passo seguinte foi identificar o livro cujo conteúdo estava tão presente na memória. É que o título "Mulheres, oiro e tiros" e o autor "Lou Barby" não ajudavam. Depois aparecia uma informação de copyright em 1988 e os livros que temos visto são de 50/60. Mas que raio de livro tinha sido aquele? O Memorial acabou por ajudar. Facilmente descobrimos que isto não passava do livro "Os abutres do oiro" escrito por Keith Luger e editado pela colecção Colt da Editorial Ibis. Agora, esta tradução de Fátima Carvalho, aparecia publicada por Edições Rodrigues Chaveiro com nome alterado e com indicação de autor completamente diferente.
Como é óbvio, é natural a republicação de livros. Mas modificar-lhes o título deste modo e o nome do autor parece indiciar que se está a enganar alguém. Tanto mais que o prestígio de Keith Luger é completamente diferente do de um desconhecido como Lou Barby (apenas com um livro registado entre nós). Há coisas estranhas, muito estranhas...

O comissário do ouro


O destino reuniu numa cidade mineira da Califórnia uma jovem, um pistoleiro e um homem indigitado como Comissário do Ouro. A jovem teve acção central na novela, resistindo a índios e estabelecendo-se por sua conta para levar a cabo a exploração. O pistoleiro era um homem que adorava animais, que teve intervenção num roubo com a condição de não ser cometido qualquer assassinato e que desejava fazer justiça. O indigitado comissário era um embusteiro que se aproveitava da função para roubar o resultado da labuta dos mineiros.
E. L. Retamosa tem o registo de 20 livros em Portugal, tendo participado com vários títulos na fase inicial da Colecção Cow-boy.
A capa, não assinada, mostra a resistência da jovem mineira ao ataque dos índios mas tem um estranho erro de impressão que levou a uma separação da figura em duas com deslocação e tinta diferente.
Ficha do livro
Colecção Cowboy, nº 6
Título: O Comissário do Ouro
Autor: E. L. Retamosa
Capa: autor desconhecido
tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano:1961
Editora: APR

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Gilfred S.

Gilfred S. é um pseudónimo de Gilfredo Salgueiro Costa de quem existe o registo de seis livros publicados pela APR:
1. Cinco homens para matar - foi o nº 99 da Colecção Búfalo publicado em 1962.
2. Falso juiz - foi o nº 11 da Colecção Búfalo publicado em 1963.
3. A rota do Calorado(1) - foi o nº 75 da Colecção Arizona publicado em 1963.
4. Sangue no rio negro – foi o nº 109 da Colecção Búfalo publicado em 1963.
5. Sociedade de abutres – foi o nº 61 da Colecção Arizona publicado em 1962.
6. O duro e a morte –foi o nº 111 da Colecção Detective publicado em 1964.
Não dispomos de qualquer destes livros pelo que não é possível apresentar qualquer capa ou resumo.
(1) - é mesmo assim que está registado e não Colorado

Valle Ultrajada / A raiva de Lance

Aquele porco nojento quis abusar de Valle, mas levou cá uma lição que se deve ter borrado todo...








A próxima paragem

Aqui está um livro que mostra que, por vezes, o sacrifício humano pode ser oferecido pelos corações mais empedernidos. Trata-se de uma novela que nos relata o sacrifício de homens acusados por livrarem a sociedade de seres que nada valem do ponto de vista humano e cujo poder é inversamente proporcional a essa qualidade.
David O'Malley é um autor com apenas duas obras registadas em Portugal e nesta mostra uma capacidade interessante para o relato de novelas do Oeste.
A capa, parecendo assinada por um L.Bermeto, retrata um dos aspectos da fuga que os dois jovens encetaram. Para lá daquele lugar, estava a sua próxima paragem onde os esperava a felicidade.



Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 27
Título: A próxima paragem
Autor: David O'Malley
Capa: L.Bermeto??
Tradução: Autor desconhecido
Páginas: 64
Ano: 1962 (o exemplar usado foi adquirido em 14/4/1962 no Café Central de V. N. Ourém, de acordo com nota do proprietário)
Editora: APR

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma oportunidade para autores portugueses

A agência pagava 2.500$00 por cada original aceite. Isto, lá para 1960, representava bem mais do que o ordenado mensal de um funcionário público e, se actualizado pelo índice de preços, possivelmente ultrapassaria o valor da lamentosa reforma da desditosa primeira dama. Assim, muitos portugueses tiveram oportunidade de iniciar a publicação de trabalhos nas mais diversas áreas que os livros de bolso permitiam.
João Mimoso, na sua História da Agência Portuguesa de Revistas, informa-nos sobre alguns portugueses que tiraram partido disto.
"A coisa" até se compreende. A APR deixara de ter acesso ao catálogo da Bruguera e queria continuar com as suas colecções. E, quando se pensava, que não teria material para publicar, até as aumentou, embora deixasse de contar com nomes sonantes como Silver Kane, Keith Luger ou Estefania.
Nós, através da sua análise, e de livros que possuímos, vamos tentar encontrar alguns desses autores.

Condutor de Caravanas

Ergueu novamente a mão e baixou-a energicamente, ao mesmo tempo que gritava:
- Em mar... cha!
Foi como se, de repente, tivesse sido aberto à sua frente um caminho escuro e desconhecido, nunca percorrido até então. Como se, pela primeira vez na sua vida, empreendesse a grande aventura de atravessar o território "apache" à frente de uma caravana.
Os carros puseram-se em movimento, lentamente. Os soldados e as mulheres qque estavam à porta do forte agitaram as mãos em sinal de despedida. Os eixos das rodas chiaram e os cascos dos cavalos começaram a levantar o pó da planície.
Larry Dawson cavalgou longo tempo sem olhar para trás. O terreno era suavemente ondulado. O disco do Sol, amplo e avermelhado, já havia coroado o horizonte. Os soldados da escolta falavam animadamente e ainda despreocupados

Estas foram palavras de mais um livro de A. G. Murphy onde nos descreveu essa formidável aventura de atravessar território índio para chegar à terra da esperança, neste caso, guiados por alguém com pouca confiança em si próprio, odiado pelo chefe dos soldados... Como iria terminar tudo aquilo?
A capa, não assinada, reflecte um dos momentos em que a caravana foi assaltada por índios aguerridos.
Fichoa do livro
Colecção Bisonte, nº138
Título:Condutor de Caravanas
Autor: A. G. Murphy
Capa: Autor desconhecido
Tradução: Brito de Sá
Páginas: 124
Ano:1964
Editora: APR

domingo, 16 de janeiro de 2011

Uma lição com armas

O meu irmão Cavalo Possante pensava que era o mais rápido lá do sítio, era, aliás, um artista com as armas, mas meteu-se no caminho de Kit Carson e levou a merecida lição. Ora vejam...

O Renegado

Um jovem branco viu os seus pais serem mortos e roubados por uns facínoros estabelecidos no forte que vendiam armas e bebidas aos índios. Foi abandonado depois de chicoteado e pontapeado e, encontrado por uma tribo índia, ali foi tratado. Durante anos, acompanhou a vida dos índios que o ensinaram a combater com toda a espécie de armas. Uma linda índia, filha de grande chefe, era uma espécie de irmã para ele. Até que chegou o dia da visita ao forte...
Pena Vermelha já não regressou à sua tribo ultrajada e morta pelos mesmos que tinham acabado com os pais do seu "irmão".
Johnny Garland, quinze registos em Portugal, traz-nos uma novela excelente em que os índios não são vistos como selvagens, mas como seres humanos com qualidades iguais a todos os outros, que um dia foram espoliados das suas terras, mas, mesmo assim, são capazes dos actos mais nobres. O grande chefe "Aguia Solitária" não infligiu qualquer dano à filha do grande chefe branco apesar de já conhecer o triste destino de Pena Vermelha. E, no final, esta viria a encontrar a felicidade com o seu filho adoptivo...
A capa, assinada por Longeron, mostra o momento em que a filha do grande chefe branco tenta apunhalar o herói da nossa história.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 13
Título: O Renegado
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 64
Ano: 1962...?
Editora: APR

sábado, 15 de janeiro de 2011

Desafio ao pistoleiro

Uma atitude como esta não é para todos: a jovem apenas com um chicote desafia o pistoleiro cuja mão se aproxima perigosamente do colt. Quem vencerá? A resposta é de Cesar Torre.

Um salto muito esquisito

Não sei o que o desenhador tinha na mente ao elaborar esta capa, mas que o salto daquele indivíduo perante a jovem armada é bem esquisito, é... só lendo, mas a vontade não é muita.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Sol queima a Terra

"Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos". Esta frase, proferida por Porfirio Dias, tornou-se célebre e ela retrata a debilidade trazida para um país por uma proximidade por vezes desastrosa. Acontece que Porfirio conduziu os destinos do México durante uma série de anos, caracterizando-se por entregar ao capital estrangeiro alguns recursos importantes do país. A acção da novela decorre tendo como pano de fundo o ambiente de revolta contra este poderoso do país o qual levou à formação de grupos guerrilheiros para o combater.
A. G. Murphy imaginou um conjunto de guerrilheiros que não olhavam a meios para atingir os seus fins e que podiam considerar-se criminosos. Num roubo, destinada a financiar a luta contra Porfírio, mataram os pais da personagem central da novela. Alguns anos mais tarde, começou a vingança e, um a um, os assassinos foram sofrendo merecido castigo. Acontece que uma bela menina era familiar de um deles. Como iria reagir o nosso herói ao encontrar-se com ela e conhecer os seus laços familiares? Esta novela deliciosa tem algumas semelhanças com a saga do Zorro e o nosso mascarado, vingador, até se faz acompanhar por um índio...
A capa, não assinada, mostra a forte mancha da colecção Pólvora.
Ficha do livro
Colecção Pólvora, nº66
Título: O Sol queima a Terra
Autor: A.G.Murphy
Cpa: autor desconhecido
Tradução: Raul Correia
Páginas: 124
Ano:1962
Editora: APR

Cada vez mais apreciado

É altura de voltarmos a nossa atenção para o candidato presidencial Francisco Lopes. Tem toda a razão: o problema de crescimento do país só se resolverá se voltarmos à produção de bens e serviços que os comilões da UE nos forçaram a abandonar. Lá se diz: com subsídios e bolos se enganam os tolos. O país precisa de uma agricultura que satisfaça o déficit alimentar, precisa de uma boa frota de pescas e explorar o mar.
O único candidato que pretende romper com a subserviência a esta Europa da desgraça é Francisco Lopes. Foi uma surpresa. Para ele, esta magnífica canção do TRIO enquanto dura a pausa do fim de semana.

Uma brincadeira perigosa

Frank Mc Fair até é um autor que goza de algum prestígio entre os apreciadores de novelas do Oeste, sendo, por vezes, comparado a Peter Debry. Eu próprio tenho uma boa recordação de alguns livros. No entanto, esta "Brincadeira Perigosa" arruma-se de vez entre os INTRAGÁVEIS. Não consegui... é tudo.
A capa também nada tem de simpático com aquela gorducha sem graça que parece sofrer de papeira. Quem terá escolhido a modelo? Era uma fase difícil para as colecções da APR.
Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 91
Título: Uma brincadeira perigosa
Autor: Frank Mc Fair
Tradução:,,,
Capa: autor desconhecido
Páginas: 132
Ano: 1962
Editora:APR