Chegou sózinho à cidade à procura de alguém. Em breve, todos viram que era pessoa muito especial de quem era perigoso ser inimigo. Foi-se afirmando com uma presença cada vez mais forte perante os homens e perante... ela.
Até que um dia...
"Eram cinco homens. Cinco cavaleiros mal trajados, barbudos, cobertos de pó de longa caminhada... e todos bem armados. Um estremecimento percorreu os habitantes da cidade que, abrigados à sombra dos alpendres ou através das reixas(?) das janelas contenplavam a entrada da estranha comitiva. Juntamente com aqueles homens cavalgava também a morte...". - conta S. Max.
O certo é que todos se conheciam. E tiveram a má ideia de atacar aquela que agora representava muito para ele. Não consentiu. Opôs-se de armas na mão e caiu com o corpo varado de balas, mas conseguindo salvar a mulher que amava, redemindo-se assim da sua existência como bandido.
Anthony S. Max, 11 obras registadas em Portugal, traz-nos um livro com os habituais ingredientes do Oeste mas com algumas características diferentes: o bandido que se regenera salvando a mulher dos seus sonhos.
A capa, assinada por um M. Angel para nós desconhecido, mostra um pormenor de tiroteio.
Ficha do livro
Colecção Arizona nº104
Título: A redenção do bandido
Autor: Anthony S. Max
Capa: M. Angel
Tradução: António Saraiva
Páginas: 125
Ano: 1965
Editora: APR
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
A redenção do bandido
O filho do pistoleiro
Um pistoleiro foi preso injustamente e condenado a vinte anos de prisão, conhecendo os indivíduos que o tinham acusado falsamente. Ao fim de quinze anos, devido ao seu bom comportamento, saiu e deu a conhecer a decisão de não pretender qualquer satisfação daqueles. No entanto, estes não se sentiram seguros e organizaram-se para o abater, contratando um indivíduo ultra traiçoeiro. Assim, sem armas, foi desafiado para um duelo e, quando lhe deram um colt para as mãos, este estava vazio pelo que foi facilmente vencido. Morreu nas mãos do filho que entretanto o viera esperar. O pacifismo deste jovem foi imediatamente quebrado. Um a um, os assassinos do seu pai foram sendo mortos, restando o traiçoeiro atrás referido. Este manteve as suas qualidades e abateu os próprios amigos para se apoderar do seu dinheiro. Em determinado momento, havia várias pessoas que o procuravam pelos mais diversos motivos, todos a quererem vingar-se dele. Até que o encontro final se deu e o filho do pistoleiro pôde finalmente encontrar a paz que desejava nos braços de uma menina que o acompanhou na sua vingança.
Este foi o único livro de Peter Kenn que encontrámos registado no país. No entanto, em Espanha, o autor que usa este pseudónimo, Juan LLarch Loid, aparece ligado a uma biografia de Luther King, a novelas de ficção científica e a vários guiões para banda desenhada.
A capa, não assinada, mostra um momento em que o filho do pistoleiro, sem armas, desafiava um dos seus adversários...
Ficha do livro
Colecção Arizona nº 101
Título: O filho do pistoleiro
Autor: Peter Kenn
Capa: autor desconhecido
Tradução: António Saraiva
Páginas: 125
Ano: 1965
Editora: APR
domingo, 30 de janeiro de 2011
Joe fugiu
ESte Joe era um verdadeiro bandido. Para além de ladrão, maltratava a mulher e os filhos e um dia isso saiu-lhe caro pois ela denbunciou-o e foi parar à prisão. Elaborou um plano para fugir e vingar-se, tentando utilizar o próprio filho que detinha grande admiração por ele. E. L. Retamosa traz-nos um excelente livro, isto é, um excelente pequeno livro, o segundo da colecção Cow-boy. A capa, de Longeron, mostra um pormenor da fuga de Joe que, junto ao cavalo, de arma na mão, se dessedenta enquanto olha o horizonte.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 2
Título: Joe fugiu
Autor: E. L. Retamosa
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Ano: 1961
Editora:APR
Armas diabólicas
Nada a acrescentar...
É um livro mais ou menos igual a todos os outros de Raf G. Smith: fanfarronadas, gente a morrer por tudo e por nada, suspeitos a rodarem em catadupa escondendo algum que parece o mais honesto da fita, uma jovem bonita apaixona-se pelo fanfarrão. Por vezes, descrições como esta: "Afogou uma maldição. O selvagem espectáculo não era para menos. Quatro cavaleiros mascarados, dos quais dois a pé, tinham atado os pulsos de Joyce à sela de um cavalo e os tornozelos a outro. A jovem estava estendida no chão, como um fardo, e os cavalos voltados de garupa para ela de maneira que, quando partissem em direcções opostas, desarticulariam horrivelmente o corpo da rapariga ao esticarem as cordas...".
A capa, de Longeron, mostra o fanfarrão a manejar as armas diabólicas perante o terror de uma jovem que tinha pelo na venta.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy nº 3
Título: Armas diabólicas
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano: 1961
Editora: APR
sábado, 29 de janeiro de 2011
Hoje, sábado, baile no saloon de Golden City
Roy Rogers
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Branca de Neve e os sete pistoleiros
Neste livro, Silver Kane usa a conhecida saga de Branca de Neve para fechar uma formosa rapariga numa cabana com sete pistoleiros, pessoas com um carácter da pior espécie. Mas não se pense que a pequena ali ficou a fazer comidinha para aqueles energúmenos ou a satisfazer os seus ciosos apetites. Em pouco tempo, viram que ela era um osso duro de roer.
A capa, não assinada, mostra a formosa jovem junto a alguns indivíduos de má catadura.
Ficha do livro
Colecção Bisonte nº71
Título: Branca de Neve e os sete pistoleiros
Autor: Silver Kane
Capa: autor desconhecido
Tradução:Neves Reis
Páginas: 128
Ano: 1960
Editora: APR
O xerife implacável
Desta vez, o herói da novela saiu do seio de uma quadrilha motivado por um comportamento miserável perante uma mulher e uma criança. A necessidade de salvar a criança perante um cobarde ataque fez despertar naquele homem os melhores sentimentos, levando-o a abandonar os seus anteriores companheiros e adoptar uma atitude de defesa da lei. Ele tornou-se um implacável xerife. Um a um, os antigos companheiros foram sendo justiçados.
Este é mais um texto de Joe Sheridan. Um argumento estranho. Uma escrita elaborada de modo a estender a novela e fazê-la chegar às cento e poucas páginas... bastantes gralhas.
A capa, de Emílio Freixas, mostra o xerife em actuação tendo a seu lado a beldade que o vai acompanhar por toda a sua vida.
Ficha do livro
Colecção Kansas, nº 102
Título: O xerife implacável
Autor: Joe Sheridan
Capa: Emilio Freixas
Tradução: Edmundo Motrena
Páginas: 128
Ano: 1964
Editora: IBIS
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Tony Freper
Tony Freper é um pseudónimo utilizado por António Fresco Pereira para publicar obras nas colecções da APR de que existem registos em 1979 e 1980. Segundo suponho, também publicou contos no Mundo de Aventuras. Eis detalhes sobre os registos das suas novelas:
01. O mestiço – Colecção Búfalo 292, 1980.
02. A víbora – Colecção Búfalo 293, 1980.
03. O xerife sem medo – Colecção Bisonte 311, 1980.
04. O uivo da morte – Colecção Arizona 249, 1979.
05. Com a boca a saber a fel – Colecção Mãos no ar 121, 1979.
06. O justiceiro que veio do mar – Colecção Pólvora 226, 1979.
07. Implacável perseguição – Colecção Arizona 248, 1979.
08. Mais doce que o mel... só a vingança – Colecção Carabina de Ouro 198, 1979.
09. Massacrados pelos Iroqueses – Colecção Bravos do Oeste 159, 1979.
10. O vale da disputa – Colecção Búfalo 283, 1979.
11. Odio comanche – Colecção Bisonte 312, 1980.
12. Ordem para matar – Colecção Búfalo 294, 1980.
13. O homem que amava cavalos selvagens ; Feroz como uma onça – Colecção Bisonte 314, 1980.
14. Roger Lichtman, o mau e o bom – Colecção Bisonte 313, 1980.
As estatísticas do Memorial
Sangue no seu destino
Tex Taylor traz-nos uma novela do Oeste onde as primeiras cinquenta páginas são este duelo empolgante que terminou com o ferimento do jovem rural que, cumprida a sua missão, procurou afastar-se da cidade e acabou por ser recolhido num rancho onde o trataram. A segunda parte da novela é o relato do encontro com uma jovem formosa e da batalha com índios revoltados contra caçadores de bisontes e outros brancos que ocupavam o seu território.
A magnífica capa de Cortiella mostra um pormenor da luta contra os índios. A formosa rapariga tentou ir tratar dos feridos, mas um índio tentou abatê-la, só sendo impedido pelo herói da novela. No final, a menina e o herói ficaram unidos para sempre.
Ficha do livro
Colecção Califórnia nº77
Título: Sangue no seu destino
Autor: Tex Taylor
Capa: Cortiella
Tradução: Artur José de Sousa
Páginas: 125
Ano: 1962
Editora: IBIS
O indomável
O autor, Oliveira e Silva, parece-nos de nacionalidade portuguesa, não havendo registos de mais qualquer obra do mesmo. Nesta, utiliza um estilo em que usa excessivamente a fanfarronice e a resolução de conflitos com tiroteio. O livro, por outro lado, tem um número de páginas excessivo para este tipo de novela, notando-se, em algumas passagens, a pretensão do autor em prolongar uma situação através de uma descrição mais cuidada e longa.
A capa é de autor desconhecido.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 44
Título: O indomável
Autor: A. Oliveira e Silva
Capa: autor desconhecido
Tradução: não aplicável
Páginas: 165
Editora: APR
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Alaric Holvam
01. Com o diabo no corpo – Colecção Carabina de ouro, 121 - 1978
02. John, o anão – Colecção Bravos do Oeste, 149 . 1978
03. As patas de coiote – Colecção Carabina de ouro, 129 - 1979
04. O xerife lembrou-se ... – Colecção Pólvora, 213 - 1979
05. Justiça tardia – Colecção Pólvora, 227 - 1979
06. Vida sem rumo – Colecção Pólvora, 228 - 1979
07. A passagem do diabo – Colecção Mãos no ar, 137, 1980
08. Prata que mata – Colecção Mãos no ar, 136 - 1980
09. Terror na cidade – Colecção Carabina de ouro, 139 - 1980
10. A cidade-fantasma – Colecção Bravos do Oeste, 170 - 1980
11. Homem para homem – Colecção Mãos no ar, 135 - 1980
12. O assalto ao banco – Colecção Bravos do Oeste, 175 - 1981
13. Dinheiro maldito – Colecção Mãos no ar, 141 - 1981
14. A esfingue negra – Colecção Bravos do Oeste, 173 - 1981
15. A garganta dos fantasmas – Colecção Búfalo, 303 - 1981
Não possuímos qualquer dos livros acima pelo que é impossível qualquer resumo dos mesmos. Fica portanto apenas o registo deste autor.
Homens rudes do Oeste
Mais um livro de Joe Sheridan... Desta vez, a salvação da menina foi diferente e ocorreu logo nas primeiras páginas. Filha de um abastado rancheiro, ela dirigiu-se à cidade para fazer compras, mas um galanteador atreveu-se a abordá-la. Rejeitado o seu gesto, tentou castigar a menina e caiu-lhe em cima monumental castigo proporcionado por um homem recentemente chegado à cidade em busca do seu irmão.
Afinal, o rancheiro era dominado por uma quadrilha a qual tinha abatido o irmão do recém-chegado quando este descobriu petróleo. O rancheiro gozava de má fama pois todos pensavam que era ele o mentor da quadrilha. Em vez disso, esta era dominada pelo seu capataz que também o dominava a ele.
Depois de algumas peripécias, o homem chegado à cidade acabou por ser aprisionado pela quadrilha que, para saber coisas, o deixou ao sol envolvido numa pele de vitela com o objectivo de o fazer sofrer para lhe arrancar a confissão desejada. Mas esqueceram-se da menina que, num gesto nobre, acabou por salvar aquele valente que sa batia contra uma quadrilha e conquistar o amor da sua vida.
A capa, não assinada, mostra um pormenor da luta dos dois jovens contra os malfeitores.
Ficha do livro
Colecção Califórnia, nº 125
Título: Homens rudes do Oeste
Capa: autor desconhecido
Tradução: Edmundo Motrena
Páginas: 128
Ano: 1964
Editora: IBIS
A rainha do vale negro
Não sabemos se este livro foi ou não publicado em Portugal. Mas a sua capa remete-nos imediatamente para o apresentado anteriormente do mesmo autor, Joe Sheridan, correspondendo à cena de salvação da jovem amazona pelo pistoleiro.
Ter-se-ão Provensal e António Bernal inspirado no mesmo livro para proceder às respectivas ilustrações. Ou a salvação da garota em pânico em cima do cavalo é tema recorrente em Sheridan?
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
O atrevidote do laço
Joe Sheridan
Em Portugal, existe o registo de apenas 27 livros dos quais 10 na Agência Portuguesa de Revistas. Apesar de Sheridan cultivar vários géneros, essas novelas são apenas do Oeste. Mas o seu nome é um marco importante, pois, repetindo o ocorrido na Bruguera, assinou o primeiro número da saudosa Colecção Búfalo, "Centauros de Oklahoma", cuja publicação se iniciou em 1954.
Um gun-man em Oregon
Ao fim de algum tempo, todos estavam encantados. Inclusivamente, a menina que vemos nesta magnífica capa de Provensal chegou a ser salva por ele quando o seu cavalo tomou o freio nos dentes e não havia quem o parasse. E sabem que, quando uma mulher é salva por um homem, ninguém mais a consegue apartar dele... Mas está escrito que estes homens acabam sempre por ser reconhecidos e novamente desafiados... será que ele iria encontrar essa paz que tanto desejava? Excelente, embora longo, este livro de Joe Sheridan.
Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 58
Título: Um gun-man em Oregon
Autor: Joe Sheridan
Capa: Provensal
Tradução: Mário Costa
Páginas: 159
Ano: 1957
Editora: APR
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Sete contra um
Cesar Torre traz-nos uma novela bem humorada com um pistoleiro insolente como personagem central.
A capa, de Longeron, traz-nos um pormenor desse pistoleiro, agarrado a um banjo, a interpretar canções de saloon no rancho do finório que dominava a cidade.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy nº8
Título: Sete contra um
Autor: Cesar Torre
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano: 1961
Editora: APR
Pronto para morrer
Quando um conjunto inesperado de mortes foi sendo conhecido, a primeira versão das suas causas foi o suicídio, mas a intervenção de um jornalista de Leste muito hábil com as armas, dotado da dose de fanfarronice normal nos livros de Raf G. Smith, foi determinante para determinar os verdadeiros causadores. O autor, mais uma vez, mostra o seu instinto para a novela policial.
Na capa, o fanfarrão (que se gabava de estar sempre pronto a morrer), acompanhada de uma bela jovem, exibe as armas com que acabava de abater mais alguns inimigos.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 44
Título: Pronto para morrer
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: Santos Neves
Páginas: 140
Ano: 1960
Editora: APR
domingo, 23 de janeiro de 2011
Pick the wild wood flower
Aproveitem para ouvir mais um bocadinho de country... estou farto dos discursos e das análises...
Sangue Negro
A capa, não assinada, parece de Longeron e mostra um pormenor da luta num saloon da cidade quando o propreitário de um rancho amigo da personagem central da novela, ali se deslocou para ajustar contas com um assassino.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 67
Título: Sangue Negro
Autor: O. C. Tavin
Capa: Longeron
Tradução: Raul Correia
Páginas: 134
Ano: 1962
Salteadores de caravanas
Para além disso, consegue introduzir nas suas novelas acções em que a paixão entre dois seres seja em geral contrariada. Neste caso, a personagem central apaixonou-se por uma linda princesa índia, Minetake, e resolveu raptá-la a fim de consumarem o seu amor.
Assim, em determinado momento, o herói desta novela vê-se acossado pelos índios que pretendem castigá-lo pelo seu atrevimento (e abuso de confiança, pois abriram-lhe as suas tendas e partilharam a sua comida) em se apoderar de Minetake e, por outro lado, em luta aguerrida contra salteadores muitas vezes traiçoeiros...
Já sabem quem ganhou no fim, mas as perípécias são bastante engraçadas.
A capa, não assinada, retrata-nos momentos dessa luta fantástica que a novela descreve.
Ficha do livro
Colecção Arizona, nº 103
Título: Salteadores de caravanas
Autor: A. G. Murphy
Tradução:Rui Neves da Silva
Capa:autor desconhecido
Páginas: 134
Ano: 1966
Editora: APR
sábado, 22 de janeiro de 2011
Vasco Santos
Vasco Santos é mais um autor português que publicou novelas do Oeste e policiais nas colecções da APR para a qual executou também algumas traduções. A maior parte dos livros elaborados por este autor surgiu com o seu nome. Admite-se que ele também tenha utilizado o pseudónimo V.Saint Kasymir de quem existe um livro na Colecção Arizona do qual ele é tradutor, mas que não tem título original noutro idioma. Os livros que associamos a Vasco Santos são os seguintes:
1. Um enigma no Far-West – publicado na Colecção Arizona, nº 73 em 1963.
2. Um nova-iorquino entre índios – publicado na Colecção Búfalo nº 110 em 1963.
3. A fuga do condenado – publicado na Colecção Búfalo nº 93 em 1962.
4. Prémio sangrento – publicado na Colecção Arizona nº 57 em 1962.
5. A cidade contra o herói - publicado na Colecção Bisonte nº 119 em 1962.
6. O delinquente voltou à escola... - publicado na Colecção Detective nº98 em 1962.
7. Um novaiorquino no Far-West – publicado na Colecção Arizona nº 42 em 1960. (não tem título original noutro idioma).
Há ainda o caso de um livro publicado na Colecção Búfalo (nº 82) nas mesmas condições do anterior embora sem uma relação tão directa entre nomes. Trata-se do texto “ O cow-boy e a India” de Alekhine S. Benth com tradução deVasco Ribeiro Santos. Não encontramos mais qualquer referência a um autor de nome tão estranho e o registo não tem título original noutra língua.
Oportunamento faremos o resumo de um daqueles livros.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Save the last dance for me
Escola de tiros
A capa, de Emílio Freixas, mostra um momento em que a jovem filha de um dos rancheiros abate um lacaio daqueles que pretendiam apoderar-se do rancho.
Ficha do livro
Colecção Kansas, nº 53
Título: Escola de tiros
Autor: Meadow Castle
Capa: Emilio Freixas
Tradução:Jaime Mas
Páginas: 113
Ano:1962
Editora: IBIS
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Autores da Colecção Colt
Examinámos 110 livros da Colecção Colt da Editorial Ibis, editados entre 1961 e 1969, procurando determinar qual o grau de colaboração de cada autor para esta colecção. O resultado não nos admira muito e está expresso no gráfico. Estefania é, sem dúvida, o mais produtivo. Seguem-se Luger, Prado e Silver Kane. Os quatro produziram mais de metade dos livros da colecção.
Ir-se-á também ver que a granularidade em termos de autores das colecções da IBIS é muito inferior às da APR.
Os vigilantes
Parecia uma povoação pacífica e organizada, mas o xerife, o ricalhaço e o irmão da jovem que lhe vendera o rancho faziam parte de uma quadrilha que assaltava os mineiros e roubava o gado. Alguns moradores, secretamente, formaram um grupo de resistência a esta canalha que designaram por "Vigilantes". É neste contexto que chega à cidade a personagem central desta novela, homem valente e hábil com as armas. A oposição de uma mulher e de um facínora pouco significaram contra a sua vontade e finalmente acabou por se estabelecer no rancho de que tanto gostara.
Pat Donovan, com apenas duas obras registadas em Portugal, ambas na Colecção Búfalo, evidencia qualidades excelentes para a elaboração deste tipo de novelas.
A capa, não assinada, mostra um aspecto de ataque a um rancho com um homem a ser atingido por disparos.
Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 73
Título: Os Vigilantes
Capa: autor desconhecido
Tradução: Pedro Santos
Páginas:151
Ano:1960
Editora: APR
Vingança Trágica
Eram três meninas, lindas, detentoras de razoável fortuna: Janet, a mais velha, era sonhadora, romântica, dotada de espiritualidade estranha. Grace, fria, calculista, despótica, com muita dose de inveja, o que a tornava rancorosa, Olívia, tímida como gazela, mansa como cordeirinha. Todas eram cortejadas por um jovem vizinho e o sonho dos pais era a união dos ranchos. Mas o rapaz não se decidia e de todas queria favores. Dizia que amava Grace, mas beijava Janet e Olívia. Até que um dia, Janet o apanhou numa gruta em que se tinham refugiado de uma tempestada e confessou-lhe o seu amor inigualável: "Amo-te com o ímpeto selvagem de uma leoa com cio". Quando um homem ouve isto, o seu punhal parece o de um leão... e a tragédia começou aqui.
Um lote de mortes na família das meninas acaba por lançar as culpas sobre o rapaz que acabou por ter de fugir para não ser enforcado. Passados anos, regressou e, em duelo com o filho entretanto nascido das carícias daquela noite, deixou-se balear ao saber quem ele era. Apenas ficou ferido, pelo que se reacendeu a vontade de o enforcar. "Nada parecia poder salvá-lo. A corda já lhe roçava o pescoço, mas..." Uma das maninhas, entretanto morta em acidente, coitada, deixara uma carta em que contava todas as malvadezas em que se envolvera para se vingar dele. Uma vingança trágica que arrastou a maior parte da família... e o rapaz, já homem maduro, pôde finalmente desfrutar do seu verdadeiro amor e da companhia do filho.
A escrita de Raf G. Smith por vezes roça o anedótico e é excessivamente teatral. Mas sempre gostei muito deste livro, um dos primeiros que comprei naqueles tempos...
A capa, de Longeron, reflecte o momento em que o jovem disparava sobre os inimigos que tentavam conduzi-lo à forca.
Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº85
Título: Vingança Trágica
Autor: Raf G. Smith
Capa: Longeron
Tradução: Carvalho Lima
Ano: 1961
Páginas: 134
Editora: APR
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Estranha Coincidência
Estava a folhear este livro e a ler algumas passagens. De repente, pareceu-me que já tinha lido aquilo em qualquer sítio. Fiquei alerta... fui para o princípio e apareceu-me a história da garrafa de Whisky e da mulher que se enlaça. O passo seguinte foi identificar o livro cujo conteúdo estava tão presente na memória. É que o título "Mulheres, oiro e tiros" e o autor "Lou Barby" não ajudavam. Depois aparecia uma informação de copyright em 1988 e os livros que temos visto são de 50/60. Mas que raio de livro tinha sido aquele? O Memorial acabou por ajudar. Facilmente descobrimos que isto não passava do livro "Os abutres do oiro" escrito por Keith Luger e editado pela colecção Colt da Editorial Ibis. Agora, esta tradução de Fátima Carvalho, aparecia publicada por Edições Rodrigues Chaveiro com nome alterado e com indicação de autor completamente diferente.
Como é óbvio, é natural a republicação de livros. Mas modificar-lhes o título deste modo e o nome do autor parece indiciar que se está a enganar alguém. Tanto mais que o prestígio de Keith Luger é completamente diferente do de um desconhecido como Lou Barby (apenas com um livro registado entre nós). Há coisas estranhas, muito estranhas...
O comissário do ouro
E. L. Retamosa tem o registo de 20 livros em Portugal, tendo participado com vários títulos na fase inicial da Colecção Cow-boy.
A capa, não assinada, mostra a resistência da jovem mineira ao ataque dos índios mas tem um estranho erro de impressão que levou a uma separação da figura em duas com deslocação e tinta diferente.
Ficha do livro
Colecção Cowboy, nº 6
Título: O Comissário do Ouro
Autor: E. L. Retamosa
Capa: autor desconhecido
tradução: autor desconhecido
Páginas: 32
Ano:1961
Editora: APR
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Gilfred S.
1. Cinco homens para matar - foi o nº 99 da Colecção Búfalo publicado em 1962.
2. Falso juiz - foi o nº 11 da Colecção Búfalo publicado em 1963.
3. A rota do Calorado(1) - foi o nº 75 da Colecção Arizona publicado em 1963.
4. Sangue no rio negro – foi o nº 109 da Colecção Búfalo publicado em 1963.
5. Sociedade de abutres – foi o nº 61 da Colecção Arizona publicado em 1962.
6. O duro e a morte –foi o nº 111 da Colecção Detective publicado em 1964.
Não dispomos de qualquer destes livros pelo que não é possível apresentar qualquer capa ou resumo.
A próxima paragem
Aqui está um livro que mostra que, por vezes, o sacrifício humano pode ser oferecido pelos corações mais empedernidos. Trata-se de uma novela que nos relata o sacrifício de homens acusados por livrarem a sociedade de seres que nada valem do ponto de vista humano e cujo poder é inversamente proporcional a essa qualidade.
David O'Malley é um autor com apenas duas obras registadas em Portugal e nesta mostra uma capacidade interessante para o relato de novelas do Oeste.
A capa, parecendo assinada por um L.Bermeto, retrata um dos aspectos da fuga que os dois jovens encetaram. Para lá daquele lugar, estava a sua próxima paragem onde os esperava a felicidade.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 27
Título: A próxima paragem
Autor: David O'Malley
Capa: L.Bermeto??
Tradução: Autor desconhecido
Páginas: 64
Ano: 1962 (o exemplar usado foi adquirido em 14/4/1962 no Café Central de V. N. Ourém, de acordo com nota do proprietário)
Editora: APR
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Uma oportunidade para autores portugueses
A agência pagava 2.500$00 por cada original aceite. Isto, lá para 1960, representava bem mais do que o ordenado mensal de um funcionário público e, se actualizado pelo índice de preços, possivelmente ultrapassaria o valor da lamentosa reforma da desditosa primeira dama. Assim, muitos portugueses tiveram oportunidade de iniciar a publicação de trabalhos nas mais diversas áreas que os livros de bolso permitiam.
João Mimoso, na sua História da Agência Portuguesa de Revistas, informa-nos sobre alguns portugueses que tiraram partido disto.
"A coisa" até se compreende. A APR deixara de ter acesso ao catálogo da Bruguera e queria continuar com as suas colecções. E, quando se pensava, que não teria material para publicar, até as aumentou, embora deixasse de contar com nomes sonantes como Silver Kane, Keith Luger ou Estefania.
Nós, através da sua análise, e de livros que possuímos, vamos tentar encontrar alguns desses autores.
Condutor de Caravanas
Ergueu novamente a mão e baixou-a energicamente, ao mesmo tempo que gritava:
- Em mar... cha!
Foi como se, de repente, tivesse sido aberto à sua frente um caminho escuro e desconhecido, nunca percorrido até então. Como se, pela primeira vez na sua vida, empreendesse a grande aventura de atravessar o território "apache" à frente de uma caravana.
Os carros puseram-se em movimento, lentamente. Os soldados e as mulheres qque estavam à porta do forte agitaram as mãos em sinal de despedida. Os eixos das rodas chiaram e os cascos dos cavalos começaram a levantar o pó da planície.
Larry Dawson cavalgou longo tempo sem olhar para trás. O terreno era suavemente ondulado. O disco do Sol, amplo e avermelhado, já havia coroado o horizonte. Os soldados da escolta falavam animadamente e ainda despreocupados
Estas foram palavras de mais um livro de A. G. Murphy onde nos descreveu essa formidável aventura de atravessar território índio para chegar à terra da esperança, neste caso, guiados por alguém com pouca confiança em si próprio, odiado pelo chefe dos soldados... Como iria terminar tudo aquilo?
A capa, não assinada, reflecte um dos momentos em que a caravana foi assaltada por índios aguerridos.
Fichoa do livro
Colecção Bisonte, nº138
Título:Condutor de Caravanas
Autor: A. G. Murphy
Capa: Autor desconhecido
Tradução: Brito de Sá
Páginas: 124
Ano:1964
Editora: APR
domingo, 16 de janeiro de 2011
Uma lição com armas
O Renegado
Um jovem branco viu os seus pais serem mortos e roubados por uns facínoros estabelecidos no forte que vendiam armas e bebidas aos índios. Foi abandonado depois de chicoteado e pontapeado e, encontrado por uma tribo índia, ali foi tratado. Durante anos, acompanhou a vida dos índios que o ensinaram a combater com toda a espécie de armas. Uma linda índia, filha de grande chefe, era uma espécie de irmã para ele. Até que chegou o dia da visita ao forte...
Pena Vermelha já não regressou à sua tribo ultrajada e morta pelos mesmos que tinham acabado com os pais do seu "irmão".
Johnny Garland, quinze registos em Portugal, traz-nos uma novela excelente em que os índios não são vistos como selvagens, mas como seres humanos com qualidades iguais a todos os outros, que um dia foram espoliados das suas terras, mas, mesmo assim, são capazes dos actos mais nobres. O grande chefe "Aguia Solitária" não infligiu qualquer dano à filha do grande chefe branco apesar de já conhecer o triste destino de Pena Vermelha. E, no final, esta viria a encontrar a felicidade com o seu filho adoptivo...
A capa, assinada por Longeron, mostra o momento em que a filha do grande chefe branco tenta apunhalar o herói da nossa história.
Ficha do livro
Colecção Cow-boy, nº 13
Título: O Renegado
Capa: Longeron
Tradução: autor desconhecido
Páginas: 64
Ano: 1962...?
Editora: APR
sábado, 15 de janeiro de 2011
Desafio ao pistoleiro
Uma atitude como esta não é para todos: a jovem apenas com um chicote desafia o pistoleiro cuja mão se aproxima perigosamente do colt. Quem vencerá? A resposta é de Cesar Torre.
Um salto muito esquisito
Não sei o que o desenhador tinha na mente ao elaborar esta capa, mas que o salto daquele indivíduo perante a jovem armada é bem esquisito, é... só lendo, mas a vontade não é muita.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O Sol queima a Terra
A. G. Murphy imaginou um conjunto de guerrilheiros que não olhavam a meios para atingir os seus fins e que podiam considerar-se criminosos. Num roubo, destinada a financiar a luta contra Porfírio, mataram os pais da personagem central da novela. Alguns anos mais tarde, começou a vingança e, um a um, os assassinos foram sofrendo merecido castigo. Acontece que uma bela menina era familiar de um deles. Como iria reagir o nosso herói ao encontrar-se com ela e conhecer os seus laços familiares? Esta novela deliciosa tem algumas semelhanças com a saga do Zorro e o nosso mascarado, vingador, até se faz acompanhar por um índio...
A capa, não assinada, mostra a forte mancha da colecção Pólvora.
Ficha do livro
Colecção Pólvora, nº66
Título: O Sol queima a Terra
Autor: A.G.Murphy
Cpa: autor desconhecido
Tradução: Raul Correia
Páginas: 124
Ano:1962
Editora: APR
Cada vez mais apreciado
O único candidato que pretende romper com a subserviência a esta Europa da desgraça é Francisco Lopes. Foi uma surpresa. Para ele, esta magnífica canção do TRIO enquanto dura a pausa do fim de semana.
Uma brincadeira perigosa
Frank Mc Fair até é um autor que goza de algum prestígio entre os apreciadores de novelas do Oeste, sendo, por vezes, comparado a Peter Debry. Eu próprio tenho uma boa recordação de alguns livros. No entanto, esta "Brincadeira Perigosa" arruma-se de vez entre os INTRAGÁVEIS. Não consegui... é tudo.
A capa também nada tem de simpático com aquela gorducha sem graça que parece sofrer de papeira. Quem terá escolhido a modelo? Era uma fase difícil para as colecções da APR.
Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 91
Título: Uma brincadeira perigosa
Autor: Frank Mc Fair
Tradução:,,,
Capa: autor desconhecido
Páginas: 132
Ano: 1962
Editora:APR