sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os cavaleiros do céu

Eram três, sempre os três: Pete, Hank, Jerry. Três cavaleiros do céu.
Não houve homens mais justos, mais nobre, melhores do que eles no mundo inteiro.
Não os houve mais esforçados, mais rectos na luta contra as calamidades. Não os houve mais espertos no seu trabalho.
Agora, galopavam pelo céu para todo o sempre. Uma descarga traiçoeira derrubara-os, de bruços, uma noite sobre o pó do deserto. Os lobos e os abutres acharam-nos ali. A gente de Rosalita, já não viu senão os seus ossos brancos pelo sol.
Era horrível pensá-lo, mas Johnny Custer pensava-o a todas as horas...

É assim que começa esta novela que nos transporta à vingança de um homem destroçado pela morte dos seus três irmãos. Mark Halloran consegue um relato espantoso, cheio de acção.
A capa, de Angel Badia, mostra o contacto com uma bela cantora de saloon, apaixonada por ele como é óbvio, e que vai abandonar todo o seu bem-estar para ajudar a sua reabilitação, acabando por encontrar o verdadeiro amor (1). Notável
Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 53
Título: Os cavaleiros do céu
Autor: Mark Halloran
Capa: Angel Badia
Tradução: Santos Fernandes
Páginas: 142
Ano: 1958
Editora:APR
(1) Diz-se que a lua de mel foi em Shangri-la. Aproveite a pausa de fim de ano para ouvir

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A novela do oesta escrita por mulheres

Não sei se as novelas de que vos apresento as capas foram ou não editadas em Portugal. Elas surgiram em colecções geralmente destinadas às meninas abordando um tema reservado a homens. E as mensagens são explosivas. Numa, de Bosch Penalva, como é possível ver-se explora-se o erotismo de uma linda rapariga branca a ser conduzida, enlevada, nos braços fortes de um índio, ultrapassando o preconceito racial. Noutra, de autor desconhecido, uma mulher desfere o chicote contra algo que não nos é revelado, exibindo um olhar de ódio.

Um mexicano em cuecas



Eis duas páginas de Tomahawk Tom, uma série que entusiasmou os portugueses dos anos 50 criada pela mente fértil de Edgar Caygill e pelas mãos fabulosas de Vitor Peon. Mais uma vez se nota a tentação de Caygill associar os mexicanos a criminosos, ainda por cima gordos e feios.
Nesta aventura é de destacar o papel de uma menina, obviamente apaixonada pelo herói, que puxa da sua arma e dispara sobre um bandoleiro. É uma mulher valente.
Este foi o número 3 da Colecção Condor publicado lá para 1952

Um temível pistoleiro

Neste livro, Orland Garr traz-nos a história de um pistoleiro que não é um foragido e relata-nos, com elevada qualidade, o drama de uma pessoa que, querendo viver em paz, por vezes é atirado para a confusão da qual sai vitoriosa, mas na qual se registam baixas. Neste caso, a traição de uma mulher foi o detonador do seu comportamento violento.
Famosos pelos seus feitos, estes homens estão sistematicamente sujeitos a ser reconhecidos e desafiados para duelos aumentando potencialmente o rol de mortes pelas quais são responsáveis. Por isso, este, infrutiferamente porque acabou por ser reconhecido, também mudou de identidade.
Mas as coisas correram-lhe bem. No final, numa luta em que tomou o lado do "bem", em que foi gravemente ferido, conseguiu o amor de uma jovem formosa de quem nunca mais se separou.
A capa, de autor desconhecido, mostra o pistoleiro numa acção em defesa da lei, neste caso, o património de um rico granadeiro.

Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 55
Título: O temível "gun-man"
Autor: Orland Garr
Tradutor: A. A. Almeida
Capa: Autor desconhecido
Páginas: 142
Ano: 1958
Editora: APR

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O anjo da guarda

O amigo do Memorial imagine que tem alguém que surge para o proteger em momentos difíceis, mantendo, no entanto, a sua identidade desconhecida.
É vulgar em Murphy a personagem central de uma novela não actuar sózinha. Geralmente, socorre-se de um irmão, de um ou vários agentes da lei, mostrando quão pequenino é o homem neste mundo tão difícil. Mas, nesta novela, só no final vem a descobrir o autor da preciosa ajuda, nada mais nada menos uma pessoa a quem tinha salvo a vida numa situação difícil para ela. É caso para dizer: "os anjos bons acabam por se encontrar".
A capa, um pouco desfigurada, pirosa, de autor desconhecido, reflecte um pormenor da novela, mas podia adaptar-se a qualquer outra do Oeste

Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº57
Título: Seu anjo de guarda
Autor: A.G.Murphy
Tradução: Ferro Rodrigues
Capa: autor desconhecido
Páginas: 156
Ano: 1958
Editora: APR

Desperados waiting for the train



I played the Red River Valley
He'd sit in the kitchen and cry
Run his fingers through seventy years of livin'
And wonder, "Lord, why has every well I've drilled gone dry?"

We were friends, me and this old man
We's like desperados waitin' for a train
Desperados waitin' for a train

He's a drifter, a driller of oil wells
He's an old school man of the world
He taught me how to drive his car when he was too drunk to
And he'd wink and give me money for the girls
And our lives was like, some old Western movie
Like desperados waitin' for a train
Like desperados waitin' for a train

From the time that I could walk he'd take me with him
To a bar called the Green Frog Cafe
There was old men with beer guts and dominos
Lying 'bout their lives while they played
I was just a kid, they all called me "Sidekick"
Just like desperados waitin' for a train
Like desperados waitin' for a train

One day I looked up and he's pushin' eighty
He's got brown tobacco stains all down his chin
Well to me he was a hero of this country
So why's he all dressed up like them old men
Drinkin' beer and playin' Moon and Forty-two
Jus' like desperados waitin' for a train
Like a desperado waitin' for a train

The day 'fore he died I went to see him
I was grown and he was almost gone.
So we just closed our eyes and dreamed us up a kitchen
And sang one more verse to that old song
(spoken) Come on, Jack, that son-of-a-bitch is comin'

We're desperados waitin' for a train
Was like desperados waitin' for a train

Esta é a minha lei

Neste livro, Keith Luger trata, mais uma vez, as sequelas do fim da guerra civil americana. Um grupo de quatro homens, verdadeiros "desperados", cavalga para oeste procurando afastar-se dos locais de concentração dos soldados derrotados. Usam alguns artefícios para subsistir e, um deles, é preso na sequência de uma tentativa de assalto a um banco. Como libertá-lo? Tendo conhecimento que um novo juiz se vai apresentar na povoação, um dos elementos toma o seu lugar com o objectivo de proceder ao julgamento do elemento preso e libertá-lo. Assumir outra identidade é tema recorrente em Luger. A sua encenação é convincente e um encadeado de situações fá-lo mostrar que é tão bom nas suas sentenças como a usar os colts.
A capa, de autor desconhecido, reflecte a luta dessa dupla personagem contra os facínoras, que os há em toda a parte...

Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 63
Título: Esta é a minha lei
Autor: Keith Luger
Tradução: Tomás Ribas
Capa: autor desconhecido
Páginas: 154
Ano: 1957
Editora: APR

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Terra de Fogo

Pela Primavera começará a ceifar-se o trigo no Texas. Em cada Primavera, milhares de homens e centenas de grandes máquinas "conjuntos" iniciam os seus trabalhos no Sul, para transportar nos sacos o trigo que doura os campos...
É o braço humano, o esforço e coragem humana, que faz todos os anos o milagre de encher os celeiros de um grande país e de pôr em marcha uma das primeiras riquezas do mesmo...
...Esta história fala da vida desses pioneiros e do Llano Estacado, o lugar desértico que eles converteram num mar de ouro.

Cesar Torre é um autor de escrita emocionante com 110 obras registadas em Portugal quase todas através da Agência Portuguesa de Revistas. Na presente retrata a luta difícil de alguns homens para transformar esta terra de fogo no celeiro atrás mencionado.

Na capa, de autor desconhecido, é representado o encontro de um desses agentes da transformação com uma detentora de terras que se opunha ao projecto. Nota-se que algo falará mais forte

Ficha do livro
Colecção Arizona, nº40
Título: Terra de Fogo
Autor: César Torre
Capa: autor desconhecido
Tradução: J. Castro Ferreira
Páginas: 124
Ano: 1960
Editora: APR

O Xerife de Alkali


Este é Buck Jones, xerife de Alkali, aqui um tanto descuidado já que apanhado numa armadilha montada por tratantes da pior espécie.
Em Portugal, fruto da legislação que recomendava a utilização de nomes portugueses, foi também conhecido por Lúcio, o Xerife, nome pelo qual foram publicadas as suas aventuras na fase inicial no Condor Popular e no Ciclone,
De acordo com a Mania dos Quadradinhos:

Nos Estados Unidos foi popularizado pela Master Comics, editado pela Fawcett, pela Popular Comics, da Dell e desenhado, em grande parte, por Ralph Carlson. No Reino Unido surgiu na Cowboy Picture Library, em grande parte desenhada por Eric Parker (1898-1974).
Carlson (1907-2002), natural de Minneapolis, começou por trabalhar como ilustrador em Nova Iorque e só começou a desenhar comics em 1940, actividade que desenvolveu até 1942, quando entrou para o exército dos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. Após a guerra voltou a desenhar histórias aos quadradinhos para Fawcett Publications, concebendo novas histórias e revistas, entre as quais se conta a Rocky Lane Comics. Tendo aderido ao Partido Comunista ainda nos anos 30, foi intimado pelo Comité de Actividades Anti-Americanas a testemunhar acerca da sua participação naquela organização. Recusando-se a colaborar, acabou por ser preso e por abandonar a actividade, regressando à sua cidade natal para dar aulas de desenho.
Havia razões de sobra para Lúcio, o xerife entusiasmar os leitores portugueses e conto trazer-vos mais alguns testemunhos da sua capacidade e valentia. Apreciem, entretanto, como salva a formosa menina da manada de gado que vem raivosa na sua direcção. Isto não está ao alcance de todos.


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

História de um aparecido

Este livro trata a questão da escassez da água e do aproveitamento que pode ser feito por gente desonesta em torno do mesmo. A história liga-se ainda com a perda de memória de um soldado da Confederação ocorrida na fase final da guerra o qual foi dado como morto e cujo património foi espoliado por um conjunto de indivíduos sem princípios.
Toda esta confusão é tratada por Luger de uma forma um tanto humorística, retirando-lhe credibilidade o que compensou com tiroteio e violência.
A capa, belíssima, aparece assinada por M.Rea, mas julgamos não ter relação com a história

Ficha do livro
Colecção Califórnia, nº106
Título: História de um aparecido
Autor: Keith Luger
Tradução: António Soares
Capa: M.Rea
Páginas:124
Ano: 1963
Editora: IBIS

Gajo mais honesto do que este teria de nascer duas vezes

Eis a Colecção Bisonte em todo o seu esplendor, naquela fase em que entusiasmava os leitores de tal forma que a APR lançou três clones da mesma.
Neste livro, A. G. Murphy, um excelente autor, trata o drama de um homem que se vê falsamente acusado da morte de um semelhante pelo pai da mulher que amava e tem de fugir do local onde habita.
Foi forçado a atravessar o deserto, a viver mil peripécias para escapar aos perseguidores e, quando voltou, com o apoio da lei, conseguiu limpar o seu nome e reconquistar a mulher dos seus sonhos.
A capa, de autor desconhecido, é a imagem de um homem esgotado sobre um cavalo, debaixo de um Sol abrasador, enquanto o deserto parece não ter fim...

Ficha do livro
Colecção Bisonte, nº 47
Título: Não sou um foragido!
Autor: A.G.Murphy
Tradução: Brito de Sá
Capa: autor desconhecido
Páginas: 138
Ano: 1956
Editora: APR

O Banco da APR

A partir do final dos anos 50, a Agência Portuguesa de Revistas passou a incluir nos seus livros de bolso, cujo custo era de 8$00, uma nota a que atribuia um valor facial de 1$00 que podia ser utilizada na compra de outros livros por si editados. Por exemplo, podíamos juntar oito notas enviar e pedir um livro novo.
Este serviu para fidelizar os clientes em momento em que se desenhava uma concorrência muito forte por parte da IBIS que tinha herdado o negócio com a Bruguera e até para reforçar as tiragens. Repare-se que aquele valor representa mais de 10% do valor do livro.
Era um verdadeiro Banco da APR

domingo, 26 de dezembro de 2010

"Lasso" Bill


Edgar Caygill é um dos pseudónimos de um dos autores portugueses mais produtivos: Roussada Pinto. As suas novelas são, em geral, muito curtas, aproximando-se mais do conceito de conto e foram tantos os que publicou no Mundo de Aventuras...
A sua escrita é bastante fluída e tem uma capacidade enorme para a criação de cenas de acção prontas a serem utilizadas como texto para BD. Aliás, este autor foi um grande colaborador de Vitor Peon na fase de iniciação deste como criador de BD e, em particular, do famoso Tomahawk Tom. Ler um texto de Edgar Caygill é quase estar a ler um livro de BD ilustrado por aquele tal é a coerência da sua forma de expressão.
Sobre este texto nada a dizer a não ser "está lá tudo": o pistoleiro ultra rápido, as cavalgadas, o encontro com os índios, o uso da estrela de xerife e o frente a frente com os bandidos que em Caygill muitas vezes são mexicanos. Aliás, apesar do lúdico das suas novelas, sabe-se que este autor, que também usou o pseudónimo Ross Pynn, não primava pelo rigor.
A capa, assinada por Bosch Penalva, reflecte uma cena em que o nosso herói, como lhe chama o autor, de costas, dispara sobre um bando de rufias mexicanos.

Ficha do livro
Colecção Oeste, nº 14
Título: "Lasso" Bill
Autor: Edgar Caygill
Tradutor: não aplicável
Capa: Bosch Penalva
Páginas: 99
Ano:1962
Editora:IBIS


MicroLivros


Para além das colecções em formato de bolso, a APR e a IBIS editaram colecções com dimensões mais reduzidas a que correspondia um preço substancialmente mais baixo. Desta forma, conseguiam publicar aqueles livros cujo conteúdo não chegava para as 128 páginas e conseguiam chegar a um mercado de rendimentos mais escassos já que a diferença de preço era substancial: enquanto um livro em formato de bolso custava 8$00, um livro da coleccção Cow-Boy custava 1$50 e da colecção Oeste 2$50, sendo os autores os mesmos relativamente às colecções que consideramos standard.

White Mansions

É o momento de inserirmos no Memorial algumas faixas deste album fabuloso que tem por subtítulo "A tale from de American Civil War 1861-1865". É um album de 1978 onde todas as canções foram escritas por Paul Kenerley excepto "White Trash" da autoria de Leadon & Kennerley.
ESte álbum é uma visão da Guerra da Secessão na perspectiva dos que habitavam no Sul. São intérpretes:
- Jessi Colter como Polly Ann Stafford, uma menina que vive uma vida opulenta, filla de um diplomata e dono de terras. Serviu a causa como enfermeira num hospital.
- Wailon Jennings, como The Drifter, isto é o narrador.
- John Dillon, como Matthew J. Fuller, um rapaz de 23 anos, filho de um plantador de algodão, um elemento típico da jovem aristocracia do sul.
- Steve Cash, como Caleb Stone, um branco pobre do Sul, sem profissão, terra ou outros meios de produção.
- Rodena Preston'S "Voices of Deliverance" as The Slaves.
Eis algumas canções:
1. Story to Tell (the Preface): Polly

2. Dixie: Hold On: The Drifter

3. Join Around the Flag: Mathew

4. White Trash: Caleb

5. The lasd dance & The Kentucky Racehorse: Mathew & Polly

6. Southern Boys: Caleb

7. The Union Mare & The Confederate Grey: The Drifter

8. No one Would Believe a Summer Could Be so Cold: Mathew

9. The Southland's Bleeding: The Drifter

10. Bring up twelve pounders: Matthew
11. They Laid Waste To Our Land: Caleb, Matthew and the Drifter

12. Praise The Lord: The Slaves

13. The King Has Called Me Home: Caleb

14. Bad Man: Matthew

15. Dixie, Now You are done: The Drifter

sábado, 25 de dezembro de 2010

Os abutres do ouro

Atenção: uma garrafa de whisky deve ser segura pelo gargalo e
uma mulher pela cintura.
Se um indivíduo se confundir podem surgir complicações.
(Podia tê-lo dito Sócrates, mas como era abstémio(1), disse-o
Jim Taylor, protagonista desta novela).

Trata-se de um texto muito interessante de Keith Luger, autor com um número de publicações semelhante ao de Silver Kane. O tema central tardou a definir-se e prende-se com a luta pela posse de um remessa de ouro ao exército Confederado em momento em que este já tinha assinado a rendição. Homens de honra quiseram devolvê-lo aos que tinham contribuído para a sua reunião, outros pensaram numa distribuição mais interesseira e egoísta, todos se envolvendo numa luta brutal pela junção de um mapa sobre a localização do dito.
A capa de António Bernal, reflecte o terror de uma jovem perante o corpo de alguém que acabava de ser morto, enquanto procura descortinar as intenções do executor relativamente à sua pessoa.

Ficha do livro
Colecção Colt, nº 25
Título: Os abutres do ouro
Autor: Keith Luger
Tradução: Francisco Silva
Capa: Antóno Bernal
Páginas:124
Ano:1962
Editora:IBIS

(1) O filósofo, entenda-se

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A terra prometida

Amigo do memorial, aproveite a época para saborear esta canção tradicional enquanto espera novos posts...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Por quem uiva o cão?


Poder-se-á pensar que é uma outra forma de dizer "por quem dobram os sinos?". Mas isso é um erro: o cão uiva porque há muito tempo desaprendeu o ladrar...

Nesta novela, Silver Kane traz-nos de novo um ambiente sinistro, quase satânico e consegue transmitir-nos todo o desconforto nesta curta vivência com um homem acusado de violação que tem a cabeça a prémio. A finalização parece-nos um tanto forçada, mas acaba por ser uma menmsagem de esperança.

A capa, excelente, está assinada, mas não conseguimos decifrar o autor. Talvez com o tempo...

Ficha do livro
Colecção Rio Bravo, nº 26
O cão uivador
Autor: Silver Kane
Tradutor: Alzira Baptista Mendes
Capa: autor ilegível
Páginas: 126
Ano de Publicação:1962
Editora: IBIS

Califórnia


Neste livro, um jovem cowboy, desejoso de se estabelecer num rancho no Arizona, chega a S. Francisco da Califórnia em busca de fortuna e, após truculentas cenas de tiros e pancadaria, encontra uma condessa russa, fugida à perseguição no seu país, pela qual vem a apaixonar-se...

Tex Taylor é um autor muito experiente que demonstra alguma capacidade para a descrição paisagística, mas por vezes deixa-se levar pela receita destas novelas e brinda-nos com infindável pancadaria. Valha o final feliz.

O nome do livro refere-se a um saloon onde se desencadeou uma cena chave da acção.

A capa, de autor desconhecido, não assinada, mostra a entrada atenta do herói nesse bar. Algo o espera, algo vai passar-se...


Ficha do livro

Colecção Búfalo, nº 43
Título: Califórnia
Autor: Tex Taylor
Tradutor: Tomás Ribas
Capa: Autor desconhecido
Páginas: 126
Ano de publicação: 1957

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Classes sociais e luta da classes nas novelas do oeste

Uma das marcas evidentes do franquismo nas novelas do oeste que nos chegaram tem a ver com a quase ausência de luta de classes inserida nas descrições da mesma. Com efeito, não convinha ao estado totalitário um tratamento nesses moldes e as consequências de uma ultrapassagem desse limite poderiam significar a prisão do autor mesmo escondido sob pseudónimo.
No entanto, o palco destas lutas violentas descritas era fértil em contradições sociais. Os estados do Norte eram fortemente industrializados com uma produção textil e um operariado significativos. Os estados do sul tinham grandes plantações florescentes graças à exploração de trabalho escravo.




Estas contradições foram entretanto ultrapassadas historicamente pelas contradições entre os estados do norte, que queriam mais mão-de-obra livre do tal duplo ponto de vista (livres de grilhetas e livres de meios de produção), e os estados do sul que pretendiam a manutenção do seu modo de produção. Esta contradição foi resolvida pela Guerra da Secessão que culminou na abolição da escravatura.

A juntar-se a estas clivagens sociais há ainda que considerar a contradição entre a população autóctone e os pioneiros a qual, essa sim, foi muitas vezes, objecto de descrições embora de uma forma apologética sempre a idolatrar a superioridade dos invasores.
Nas novelas, é raro detectarmos a contradição entre os vaqueiros e o dono do rancho. O elemento central das mesmas, quase sempre o pistoleiro, é um individualista que procura salvar a pele. O Estado, como agente de domínio de uma classe sobre outra, é ainda bastante tímido e a figura do xerife tem em geral o palpel de impôr uma ordem que do ponto de vista social ainda é extremamente indefinida.
Estas limitações fazem da novela do oeste um texto extremamente deformador do leitor efeito amplificado pela quantidade e frequência associadas à sua produção.

A mina das lutas

A acção desta novela situa-se no estado de Idaho num momento em que dominava a loucura associada à pesquisa de ouro. De um dia para o outro, uma cidade pacífica triplicou de população, aí chegando toda a espécie de gente. Os que conseguiram registar as concessões e proceder à pesquisa viram-se a breve trecho perseguidos por um mentecapto que teve a esperteza de cobrar uma taxa para garantir a tranquilidade dos pesquisadores, ameaçando-os com a morte caso não pagassem o tributo.
Rogers Kirby, o autor, tem um lote restrito de obras registado em Portugal: apenas 16. Nesta, traça um perfil excelente do estado caracterizando-o no prólogo da novela. Quanto ao desenrolar da história, nada traz de novo, sendo fácil adivinhar o desenrolar da acção e como as coisas terminariam.
A capa, de Provensal, é um retrato de dois dos principais intervenientes na história como lutadores por uma situação de respeito e igualdade absolutas entre pesquisadores.

Ficha do livro
Colecção Búfalo, nª 55
A mina das lutas
Autor: Rogers Kirby
Tradutor: Pedro Santos
Capa: Provensal
Páginas: 126
Ano: 1959
Editora: APR

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O último dos moicanos

Aqui fica mais uma música para o ajudar a esperar os próximos posts.

Luta Sangrenta

Meadow Castle, de que existe um registo de 100 títulos no nosso país, nunca foi um autor que despertasse grandes simpatias a este humilde relator. As suas novelas perdiam-se muitas vezes na descrição de cenas de violência que em nada adiantavam à descrição da acção, tão colaterais eram em relação ao argumento principal. Castle entrou assim no rol dos execráveis...
A agravar isso, no que respeita ao presente, aconteceu uma curiosidade: um estúpido erro de impressão fez com que, ao terminar uma página, o texto que se lhe seguia não correspondesse ao que devia ser o qual só se encontrava umas páginas para a frente. Ao fim de algumas tentativas, desistimos... e, cinquenta anos passados, já é tarde para reclamar...
A capa, de Bosch Penalva, é magnífica e retrata um pormenor da acção. A menina do saloon dança com o herói da novela, procurando infrutiferamente fazê-lo sucumbir aos seus encantos... e aquele sorriso parecia o sinal...

Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 50
Luta Sangrenta
Autor: Meadow Castle
Tradutor:Vieira Pinto
Páginas: 125
Capa: Bosch Penalva
Ano: 1958

As Coelhinhas do Memorial


Em rigoroso exclusivo para os amigos do Memorial aqui estão três beldades cujas fotos ornamentavam as contra-capas dos livros publicados pela IBIS.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Caminhos Sinistros


Eis uma novela notável.
Descobri-a em minha casa mal me despertou o interesse pela leitura, mas este é o quarto exemplar que me passou pelas mãos, descoberto recentemente num alfarrabista, já que os outros acabaram destruídos por razões desconhecidas.
O autor é um Silver Kane ainda bastante jovem, acabado de sair das masmorras franquistas, mas já numa fase de maturação assinalável, capaz de transmitir ao leitor um espectro de emoções mui variado. A passagem em que se descreve o repouso, num estábulo completamente escuro, de uma mulher doente que toca o corpo frio de um morto cuja presença lhe era desconhecida enquanto a porta se abre para deixar passar mais um utente do espaço, bem armado e bem perigoso, é digna de qualquer filme de terror. Mas toda a novela é bem violenta.
A capa, de Provensal, está muito bem elaborada e reflecte mais uma passagem de grande suspense da obra onde se vê uma jovem, formosa e escultural, muito assustada, em risco de ser apunhalada por alguém cuja sombra está projectada na parede, vendo-se, no entanto, uma mão a empunhar a faca ameaçadora, enquanto um gun-man toma a sua defesa e aponta a pistola ao potencial assassino. Mas por que não dispara? Existirão mais indivíduos armados? Ou já não terá balas no tambor?

Ficha do livro
Colecção Búfalo, nº 19
Título: Caminhos Sinistros
Autor: Silver Kane
Tradutor: Luís Miranda
Capa: Provensal
Páginas: 144
Ano de publicação: 1955
Editora:APR

domingo, 19 de dezembro de 2010

Cabelos Compridos

Este é o Kit Carson de Sutherland.
A série teve grande êxito em Inglaterra nos anos 50.
Os índios ainda são vistos como selvagens, mas defendem-se valores como o do diálogo e a honra. Claro que há excepções como este cornudo mal encarado...



O diabo do feiticeiro vai fazer a vida negra a Cabelos Compridos. A aventura assume velocidade estonteante com perseguições e cavalgadas por espaços impensáveis.









Mas Cabelos Compridos acabou por dominar os cavalos e conseguiram passar para o outro lado da "ponte". Agora havia que resistir ao ataque selvagem dos índios. O herói disse a Nelly para se afastar com os cavalos e o carro, a fim de se protegerem...
Começava a delinear-se uma grande batalha...



















O caso Lafuente Estefania


Marcial Lafuente Estefania é um caso muito particular na produção de novelas do Oeste. Inspirando-se nas personagens centrais do teatro espanhol do Século XVII cujos arquétipos substituiu pelos personagens da novela do Oeste, escreveu mais de 2600 novelas para publicação pela Editorial Bruguera. Todas elas se caracterizavam por um número de páginas à volta das 100, ausência de longas descrições as quais no entanto eram muito rigorosas relativamente ao ambiente e ao espaço, diálogos que por vezes se tornavam hilariantes pela forma como se desenvolviam. Ocasionalmente, para respeitar as normas da Bruguera, as novelas terminavam abruptamente com finais pouco desenvolvidos.
Estefania sofreu a perseguição franquista: durante a guerra foi oficial de Artilharia do Exército Republicano na frente de Toledo e depois dela decidiu não exiliar-se, pelo que sofreu o cárcere em Espanha várias vezes. Na prisão, apesar da falta de meios, começou a escrver de forma concisa, aproveitando pedaços de papel. Em liberdade, começou a publicar sob pseudónimo tendo utilizado “Tony Spring” ou “Arizona”, masa depois voltou ao seu verdadeiro nome.
Em Portugal há 614 registos na Biblioteca Nacional de novelas deste autor. Admite-se que o número de publicações tenha sido superior considerando as colecções que não procediam àqueles registos. Daqueles 257 são da IBIS e 218 da APR.
Apresentam-se as capas de 4 novelas publicadas na colecção Arizona, três delas assinadas por Carlos Alberto. Terão sido alguns dos poucos trabalhos deste ilustrador nesta área, os quais sugerem que nem terá lido as novelas: o pistoleiro não aparece vestido de negro, a tumba da jovem vingada não se vê, mas, é verdade, os cartazes aparecem na última das capas.
Ainda hoje a sua obra é editada na América Latina e nos Estados Unidos.










sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

De que lado estás

Amigos do Memorial, enquanto esperamos por novos posts, façamos uma pausa ouvindo sons daquelas bandas...
Eis Pete Seeger: Which side are you on

A expansão

O Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.

Esta pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia, (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX) carregando a luz da "civilização" juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também Índios Americanos e animais selvagens do oeste "oficialmente" sendo afugentados pela personagem.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A filha do xerife


Neste livro, encontramos dois elementos interessantes. O primeiro tem a ver com a questão da igualdade homem * mulher: num ambiente onde esta tinha um papel subalterno, aparece alguém cheio de coragem, de saias, a impor a lei na sequência do assassinato do seu pai.
O segundo é recorrente e baseia-se na figura da bêbedo vagabundo. Que esconderá aquele homem de barba crescida, sempre emborrachado e com ar de mártir? Muitas vezes, caiu nessa situação devido a algo profundamente marcante. Incapaz de o ultrapassar, dedicou-se ao álcool procurando esquecer. Mas eis que uma situação inesperada lhe traz o anterior fulgor e o leva a regenerar-se e, no caso, presente a apoiar a jovem filha do xerife na sua causa.
Imaginam o desenlace…

Ficha da Obra
Colecção Colt, nº 32
Autor: Clark Carrados
Tradutor: Adriano
Capa: Autor desconhecido
Páginas: 126
Ano de edição: 1962
Editora: IBIS

Demónios à Solta


Que eram maus, eram…
Havia um que conseguia dar 50 tiros de uma assentada.
Dizia ele que essa era uma forma (a única, claro...) de fazer crescer a economia, enquanto os seus sequazes riam a bom rir.
O pior é que as alternativas não eram muito fortes e, as que o eram, não se mostravam atractivas. Lá pelo burgo dizia-se que ainda conseguiriam que os pacíficos vaqueiros pagassem para ser despedidos.
Ficha da obra
Colecção Búfalo, nº 33
Título: Demónios à solta
Autor: A. Rolcest
Tradutor: Pedro Santos
Capa: Autor desconhecido
Páginas: 136
Ano de Publicação: lá para 57/58/59
Editora: APR

O Pseudónimo e a Censura na Novela do Oeste


Num artigo publicado na Universidade de Cantabria, Carmen Camus analisa a proliferação de pseudónimos nos autores de novelas do Oeste e conclui (perdoem a nossa dificuldade de tradução):
"Apesar de ter sido aparentemente reforçada por razões económicas, foram claramente as razões de Estado de forma subliminar, as que favoreceram o seu uso. Primeiro, com esta peça escrita por autores de origem "estrangeira" a ditadura apresentava aos seus cidadãos uma imagem de abertura ao mundo exterior. Além disso, as obras autoctones exportadas com nomes de autores estrangeiros serviram ao regime de Franco como veículo de transmissão de maneira sutil, principalmente para a América Latina, do verdadeiro espírito patriótico. Um livro espanhol escrito e produzido em Espanha que correspondia aos valores nacionais e ajudava a difundir o verdadeiro espírito nacional a que o novo estado se comprometera".

Compreendo a perspectiva da autora, mas sinto que não atribui o peso devido à vertente económica: alguém compraria um livro de cow-boys assinado por exemplo por um autor chamado Ledesma? No entanto, Ledesma era o nome do famoso Silver Kane. Por outro lado, não acredito que a polícia franquista tivesse qualquer dificuldade em descobrir quem se escondia sob um pseudónimo..

Nas listas que seguem, das quais excluímos o caso Estefânia, encontram os amigos do memorial uma lista com os pseudónimos utilizados pelos autores espanhóis de novelas do Oeste.

(perdoem o formato: não a consegui pôr sob a forma de tabela)

A. Rocelst -------> Olcina Esteve, Arsenio
A.G. Murphy ------> González Morales, Antonio
Alf Manz ---------> Manzanares, Alfonso
Alf Regaldie -----> Arizamendi Regaldie, Alfonso
Andrews Castle ---> Castillejos Osuna, Andrés
Anthony S. Max ---> Sanz Mas, Antonio
César Torre ------> Martínez Torre, Antonio
Clark Granados ---> García Lecha, Luis
Fel Marty --------> Martínez Orejón, Félix
Fred Dennis ------> Daniel Ortusol, Francisco
George H White ---> Enguidanos Usach, Pascual
Joe Mogar --------> Moreno García, José Mª
John Lack --------> Lacasa Nebot, Juan Bautista
Keith Luger ------> Oliveros Tovar, Miguel
Kent Wilson ------> Cazorla, Angel
Lou Carrigan -----> Vera Ramírez, Antonio
M. de Silva ------> Alonso Solbes, Manuel
Mark Halloran ----> Gubern Ribalta, Jorge
Meadow Castle ----> Prado Castellanos, Allentorn
Mikky Roberts ----> Astraín Badá, Miguel María
O.C. Tavin -------> Cortés Faure, Octavio
Orland Garr ------> García Mateos, Orlando
Peter Debry ------> Debrigode, Pedro Victor
Peter Kapra ------> Guirao Hernández, Pedro
Raf G. Smith -----> Goicoechéa Martínez, Rafael
Raf. Segrram -----> Segovia Ramos, Rafael
Ricky Dickinson --> Viader Vives, Antonio
Rogers Kirby -----> Gordón González, Ángel
Sam Fletcher -----> Lavios Agullo, Miguel
Silver Kane ------> González Ledesma, Francisco
Spencer Curtis ---> Velasco Bernabeu, Jaime
Tex Taylor -------> Calero Montejano, Mario

Seguem-se autores que usavam mais do que um pseudónimo, sabendo-se que poderiam utilizar outros em novelas de outro tipo. Por exemplo, Cliff Bradley era o Jesus NAvarro em "novelas do coração".

Vic Adams --------> Adam Cardona, Vicente
Frank McFair -----> Cortés Rubio, Francisco
Curtis Garland ---> Gallardo Muñoz, Juan
Donald Curtis ----> Gallardo Muñoz, Juan
Johnny Garland ---> Gallardo Muñoz, Juan
Edward Goodman ---> Guzmán Espinosa, Eduardo
J.León -----------> León Ignacio, Jorge
Joe Sheridan -----> Miranda Marín, Nicolás
Al. Mac Lee ------> Molins León, Alfonso
R. C. Lindsmall --> Molins León, Alfonso
Henry Keystone ---> Montoro Sagristá, Enrique
Cliff Bradley e
Jess McCarr ------> Navarro Carrión-Cervera, Jesús
John Palmer e
Vic Logan --------> Rodoreda Sayol, Victoria
Lewis Haroc e
Louis Rock -------> Rodríguez Aroca, Luis
E. L. Retamosa ---> Sánchez Pascual, Enrique
Herman Tellgon ---> Téllez González, Miguel

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Ameaça da Forca


Imaginem que a ameaça da forca pairava sobre a acção dos políticos de hoje. Nesse contexto, seria possível que alguém que tivesse tido quase dez anos de governação e recebesse fundos para o desenvolvimento de um país, aplicando-os na destruição da agricultura, pescas e parte das indústrias, permitindo a sua captação pelos mais diversos agentes em esquemas de falsa formação e especulativos, viesse, alguns anos depois,perante os resultados da acção ruinosa, com lágrimas de crocodilo falar em “vergonha” pela fome que muitos sentem? Duvido...
Na novela do Oeste, os hábitos eram muito diferentes. A ameaça da forca estava sempre presente, mesmo perante o cidadão mais honesto e pacífico. Bastava que algum que não lhe apreciasse a pinta se lembrasse e o apontasse a uma multidão enfurecida. Depois, era aquele ritual do tipo “vê o teu destino se não te portares bem...” , deixando os corpos pendurados alguns dias, a apodrecer, sujeitos a múltiplas formas de escárnio, cuspidelas e mordidelas de cães, que, por algum motivo, não era substituído pela simplicidade de uma bala.
A obra que nos suscitou estes comentários é de um autor que ainda mexe e que apreciámos muito pela pesrpectiva humanista que deixava patentes nas suas novelas. Nela, o pistoleiro regenera-se pelo amor de uma mulher. Um final feliz...
Ficha da obra
Colecção Búfalo, nº 120
Título: O Pistoleiro e a corda
Autor: Lou Carrigan
Tradutor: Raul Correia
Capa: Autor Desconhecido
Páginas: 124
Época de publicação: lá para 62/63

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O álbum fotográfico de Lucy Baker

Mão amiga, na Wikileaks, passou-nos documento fabuloso. Nada mais nada menos do que o precioso álbum fotográfico de Lucy Baker, uma das mais formosas mulheres do Oeste, se não a mais formosa.
Lucy foi uma das primeiras mulheres a lutar, num mundo de homens, pelos seus direitos, chegando a cortar os seus belíssimos cabelos para assim ser aceite no seu meio. Esqueceu é que, a partir desse momento, poderia ser rejeitada pelas mulheres que continuavam a defender a presença no lar e a submissão ao bicho dominante. As suas aventuras são conhecidas há dezenas de anos sem esmorecer o interesse que a rodeia. Ela ofuscou Cisco Kid...
Desse álbum fotográfico retirámos algumas imagens. Ora vejam se não temos razão...







Encontra aqui um inventário das aventuras de Cisco Kid publicadas em Portugal